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Nike escolhe Kaepernick para nova campanha e volta a dividir norte-americanos

Depois de causar polémica por se ter ajoelhado durante o hino nacional, em protesto contra a violência policial em relação aos afro-americanos e às injustiças raciais nos Estados Unidos, em 2016, Colin Kaerpenick, agora ex-jogador da NFL (futebol americano), é escolhido para ser a nova cara da marca desportiva.
5 Setembro 2018, 11h58

A Nike revelou esta semana que Colin Kaepernick, o ex-jogador do NFL (National Footbal League) que se ajoelhou durante o hino nacional, em protesto contra a violência policial em relação aos afro-americanos e às injustiças raciais em 2016, será a nova cara da marca desportiva, numa decisão que está dividir a opinião pública norte-americana.

O jogador, que depois de estar no centro da polémica acabou por deixar a equipa de futebol americano 49ers, surge na campanha numa fotografia a preto e branco e com a frase “Believe in something, even if it means sacrificing everything”, (acredita em alguma coisa, mesmo que isso signifique sacrificar tudo, tradução livre em português).

A campanha voltou novamente a dividir os Estados Unidos, assim como aconteceu em 2016 com a polémica, entre pessoas que estão revoltadas com o apoio da marca desportiva ao ativismo de Kaepernick (entre elas, o próprio Presidente Donald Trump) e aquelas que acreditam que é uma genial manobra de marketing. Além de Kaepernick, outros atletas como Odell Beckham Jr. e Serena Williams integram a campanha.

A estratégia da Nike procura influenciar os consumidores que acreditam que os protestos contra o hino nacional iniciados por Kaepernick são desrespeitosos. As ações da Nike registam uma queda de 3,16%, esta quarta feira, 5 de setembro, e embora não esteja claro quanto disso poderá ser atribuído a Kaepernick ou a outras forças do mercado, a verdade é  que a campanha voltou novamente a dividir os Estados Unidos, como aconteceu em 2016 com a polémica, escreve o “New York Times“.

A decisão, sem dúvida, terá ramificações para a NFL, que é apanhada no meio do debate. A liga, que é uma grande parceira da Nike, está a ser processada por Kaepernick, que acusou as 32 equipas da liga de não o contratarem com base nas suas demonstrações em campo.

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