O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a cair em abril. De acordo com a nota divulgada esta segunda-feira, o desemprego registado encolheu tanto em cadeia, como em termos homólogos.
“No fim do mês de abril de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 295.422 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2022 (-19.013; -6%) e face ao mês anterior (-10.735; -3,5%)”, adianta o IEFP esta manhã.
Apesar dos níveis históricos de inflação e dos demais efeitos da guerra, o mercado de trabalho tem mostrado alguma resiliência. Tanto que os primeiros meses do último ano foram de estabilidade, ainda que o conflito em curso na Ucrânia tenha gerado incerteza e colocado dificuldades às empresas.
O verão trouxe, contudo, o arranque de uma série de agravamentos do desemprego. Já em fevereiro desde ano deu-se a inversão dessa trajetória e, desde então, o IEFP tem registado recuos do número de desempregados inscritos nos centros. Abril foi, assim, o terceiro mês consecutivo de diminuição do desemprego registado, mostram os números divulgados esta segunda-feira.
A nível regional, o quarto mês do ano foi sinónimo de uma redução homóloga do número de desempregados inscritos no IEFP na maioria das áreas do país, com destaque para a Madeira (-31%), Açores (-14,3%) e Algarve (-16,6%). Já o Alentejo registou um aumentou (+1,8%).
Em contraste, em cadeia, todas as regiões apresentaram decréscimos do desemprego. A Algarve, com um recuo de 21,8%, realça entre as várias zonas do país.
Já numa nota enviada em paralelo, o Ministério do Trabalho faz questão de destacar que também o número de jovens desempregados inscritos nos centros do IEFP voltou a baixar em abril, para 31.872 indivíduos. É o número “mais reduzido de sempre nos meses de abril, com uma diminuição em cadeia de 6,9% e uma diminuição de 1,7% face ao mês homólogo”, salienta o gabinete de Ana Mendes Godinho.
A mesma tendência decrescente foi verificada no que ao desemprego de longa duração diz respeito: houve um recuo de 0,7% em cadeia para 37.764 indivíduos.
Já a nível setorial, registaram-se descidas em cadeia em todos os setores de atividade económica: no agrícola, a diminuição foi de 9,0%, no secundário de 1,6 e no terciário de 3,5%. Em termos homólogos, abril foi também sinónimo de baixas.
Por fim, quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de abril de 2023, havia 15.468 vagas registadas, menos 23,4% do que há um ano e menos 6,9% do que há um mês.
Notícia atualizada às 11h24
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