O primeiro-ministro António Costa recusou tecer qualquer comentário sobre as decisões esta sexta-feira conhecidas em torno do caso da Operação Marquês – e que transformaram o mega processo contra José Sócrates num pequeno processo contra o antigo primeiro-ministro.
“Não tenho mais nada a acrescer sobre o assunto que aquilo que disse há seis anos”, afirmou o primeiro-ministro. Há seis anos, António Costa tinha afirmado qualquer coisa do género: “o que é política para os políticos, o que é da Justiça para os tribunais”.
Entretanto, recorde-se que o procurador do Ministério Público Rosário Teixeira já anunciou que vai recorrer da decisão instrutória da Operação Marquês, que decidiu não levar a julgamento por corrupção nenhum dos arguidos, incluindo o antigo primeiro-ministro José Sócrates.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva foram ambos pronunciados por três crimes de branqueamento de capitais e três crimes de falsificação de documentos.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates não foi pronunciado pelos três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político de que estava acusado (relacionados com o grupo Lena, a Portugal Telecom e o empreendimento de Vale do Lobo), que o juiz considerou prescritos.
Ivo Rosa considerou, por outro lado, existirem indícios da prática pelo antigo governante do crime de “corrupção passiva sem demonstração de ato concreto”, mas considerou-o igualmente prescrito.
José Sócrates foi detido em novembro de 2014. O despacho de acusação ao antigo primeiro-ministro e mais 27 arguidos foi conhecido em outubro de 2017.
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