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Pandemia vai continuar em 2022, avisa OMS (com áudio)

A ideia da Covax seria que todos os países do mundo adquirissem as suas vacinas através do programa mas os países do G7, e também a União Europeia, começaram a adquirir vacinas diretamente às farmacêuticas.
21 Outubro 2021, 10h14

A pandemia de Covid-19 vai manter-se em 2022, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a admitir que a doença se “vai prolongar mais um ano que o necessário” por os países pobres não estarem a receber as vacinas que precisam para imunizar a população.

Para Bruce Aylward, responsável sénior da OMS, a crise pandémica “vai arrastar-se facilmente até 2022”. Atualmente, menos de 5% da população africana foi vacinada, em comparação com 40% da população de outros continentes.

Através do programa COVAX, Portugal doou 298.700 vacinas ao Senegal e também já doou 110 mil doses da AstraZeneca a Moçambique.

A ideia da Covax seria que todos os países do mundo adquirissem as suas vacinas através do programa mas os países do G7, e também a União Europeia, começaram a adquirir vacinas diretamente às farmacêuticas.

Aylward apelou para que os países ricos abram mão das suas vacinas em excesso, de forma a que as farmacêuticas conseguiam priorizar os países mais pobres. Para o responsável, os países com rendimentos elevados devem “fazer um balanço” dos seus compromissos de doações. “Posso dizer que não estamos no caminho certo. Precisamos realmente de acelerar ou sabem? Esta pandemia vai durar um ano a mais do que o necessário”, apontou.

Uma associação de caridade de vacinas adiantou que apenas uma em cada sete doses prometidas pelas farmacêuticas e países ricos estão a chegar aos países de baixos rendimentos.

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