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Porta-voz do PAN saúda “resultado fantástico” de Ana Gomes

O porta-voz do PAN saudou hoje o “resultado fantástico” da candidata Ana Gomes, que considerou também uma vitória do seu partido, e defendeu reflexão sobre a elevada abstenção e o crescimento de “movimentos inorgânicos e não democráticos”.
24 Janeiro 2021, 22h52

Em declarações aos jornalistas no hotel onde a candidatura de Ana Gomes está a acompanhar a noite eleitoral, André Silva começou por dar os parabéns ao reeleito Presidente da República, considerando que foi um “resultado merecido”.

Quanto à candidata Ana Gomes, André Silva deu por garantido o segundo lugar, e disse tratar-se “de mais uma vitória do PAN neste ciclo político”.

“Um resultado que é fantástico, porque é a única candidatura independente que conseguiu abarcar pessoas que não se reveem em campos não democráticos, sejam eles de esquerda ou de direita, e que também não se reveem em Marcelo Rebelo de Sousa”, afirmou.

Para o deputado, a militante do PS (sem o apoio dos socialistas) conseguiu “agregar movimentos progressistas, ecologistas”, e incluiu entre as suas prioridades as alterações climáticas e a proteção animal.

Questionado sobre o resultado do candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, o porta-voz do PAN realçou que Ana Gomes “conseguiu ficar à frente de movimentos inorgânicos e não democráticos”, mas pediu uma reflexão.

“Os principais partidos, PS e PSD, devem refletir porque é que movimentos inorgânicos, não democráticos, estão a ter a expressão que estão a ter, por falhas claras de falta de resposta dos partidos democráticos”, disse.

André Silva pediu a mesma reflexão aos principais partidos com sobre a “elevada taxa de abstenção”, que considerou “nada ter a ver” com o contexto epidemiológico, mas com o “afastamento da política por parte dos cidadãos”.

Questionado se teria sido possível outro resultado com uma união da esquerda, o porta-voz do PAN – partido que não se revê nestas divisões clássicas – preferiu realçar que Ana Gomes “é uma candidata que não está agarrada a ideologias”.

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