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PSI 20 acompanha recuperação na Europa, ajudado pela Pharol e BCP

A Bolsa de Lisboa fechou com um ganho de 2,21% para 5.444,17 pontos, numa altura em que as principais praças europeias e norte-americanas parecem recuperar dos tombos dos últimos dias. O euro recua face ao dólar.
  • Benoit Tessier / Reuters
7 Fevereiro 2018, 16h40

Após três sessões marcadas por quedas e volatilidade, o sentimento positivo parece estar a regressar às principais bolsas na Europa e nos Estados Unidos. Lisboa acompanhou a tendência, tendo o PSI 20 fechado com um ganho de 2,21% para 5.444,17 pontos, impulsionado por disparos da Pharol e BCP. Esta foi a maior subida do índice de referência nacional desde abril.

“A tendência de recuperação que as praças europeias apresentaram foi replicada no mercado nacional”, explicaram os analistas do BPI. “Das ações com maior peso no índice PSI20, o BCP avançou 4,27%, a EDP ganhou 3,37% e a Galp subiu 2,74%, contribuindo assim para o referido movimento”.

Sublinham que o banco liderado por Nuno Amado está a beneficiar do reforço da posição do fundo soberano norueguês Norges para 2,005% do capital do BCP, que se seguiu a uma redução para 1,78% efetuada em janeiro.

A Pharol disparou 10,38% para 0,234 euros, depois de os acionistas terem aprovado mudanças na presidência da brasileira Oi. Na véspera de apresentar resultados trimestrais, a Navigator subiu 0,38% para os 4,234 euros. As ações da EDP Renováveis ganharam 1,97%, a reagir à revisão em alta da avaliação pelo Haitong para 8 euros, dos anteriores 6,75 euros, passando a recomendação para ‘comprar’ de ‘neutral’.

“Os CTT foram uma das poucas exceções à trajetória ascendente que caraterizou o mercado, tendo caído 2,84% para os 3,350 euros, depois da Morgan Stanley ter reduzido a recomendação do operador de «equal weight» para «underweight», assim como o preço-alvo de 4,25 euros para 3,60 euros”, segundo os analistas do BPI. Ainda no vermelho, a Corticeira Amorim (0,98% para 10,100 euros), a Novabase (0,68% para 2,930 euros) e a NOS (0,20% para 5,065 euros).

Wall Street, Bruxelas e Berlim ajudam à recuperação

“O dia de hoje ficou assinalado por um movimento de recuperação das principais praças europeias.
Todos os setores encerraram em alta, tendo as empresas petrolíferas liderado os ganhos”, acrescentaram. “A sessão pautou-se pela monitorização dos mercados americanos. Adicionalmente, as atenções também estiveram focadas nos resultados publicados por várias empresas”.

A Europa está a ser ajudada também por notícias políticas e económicas. A Comissão Europeia reviu esta quarta-feira em alta a estimativas de crescimento da zona euro e da União, nas previsões de inverno, com base num reforço da confiança nas regiões. Bruxelas estima agora para um crescimento de 2,4%, em 2017, de 2,3% este ano e 2%, no seguinte.

Também esta quarta-feira, o partido conservador da chanceler Angela Merkel e os social-democratas de Martin Schulz chegaram a acordo para formar um governo de coligação na Alemanha. Depois de uma noite de discussões para resolver quatro meses de impasse, os dois partidos resolveram as principais questões em que divergiam (nos campos laboral e de saúde), afastando o risco político da região.

O índice EuroStoxx 50 avançou 1,82%, enquanto a nível nacional, o alemão DAX ganhou 1,62%, o francês CAC 40 subiu 1,8%, o britânico FTSE 100 avançou 1,89%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,64% e o italiano FTSE MIB disparou 2,77%. No mercado cambial, o euro deprecia-se 0,75% para 1,228 dólares.

[Notícia atualizada às 17 horas com comentário]

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