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Rede mundial de empreendedores aprova entrada de mais cinco portugueses: “Ser Endeavor é diferenciador”

Fundadores da Coverflex são os novos membros da Endeavor, de onde também faz parte a dupla por detrás da Bizay (ex-360imprimir). A aprovação do painel internacional ocorreu esta quarta-feira e, ainda a partir do Vietname, Miguel Santo Amaro contou ao Jornal Económico o processo.
28 Março 2024, 13h15

Há mais cinco portugueses na rede internacional Endeavor Entrepreneurs. Os fundadores da Coverflex, Luís Rocha, Miguel Santo Amaro, Nuno Pinto, Rui Carvalho e Tiago Fernandes, receberam esta quarta-feira aprovação para se juntarem à organização da qual só fazem parte mais dois membros de Portugal: José Salgado e Sérgio Vieira, fundadores da Bizay (ex-360imprimir).

Os cinco empresários por detrás da startup dedicada aos benefícios extrassalariais conseguiram ‘luz verde’ no Vietname, onde culminou um processo de seis meses que envolveu partilha de informação sobre a empresa, due diligence financeira e de negócio, entrevistas e dois eventos: um painel de seleção em Portugal e outro global (International Selection Panel), que ocorreu ontem.

“É a rede mais prestigiante de empreendedores a nível mundial, daí o nosso interesse em entrar. Tem muito foco nalgumas geografias, para nós muito relevantes, nomeadamente Espanha e Itália. É uma rede de acesso ímpar do empreendedorismo pelo board internacional com os melhores investidores do mundo. Ser empreendedor Endeavor acaba por dar um acesso muito diferenciador”, diz ao Jornal Económico (JE) o cofundador e CEO da Coverflex, em telefonema ainda a partir do Vietname.

É uma rede de acesso ímpar, num mercado que ainda é incipiente. Beneficiaremos ao nível de negócio, da comunidade e pessoal

Miguel Santo Amaro acredita que será uma mais-valia em três pilares: negócio (desenvolvimento e investimento futuro), comunidade (participação no ecossistema e pay it forward) e pessoal (desafio, protagonismo e exposição global). “Já temos beneficiado disso por estarmos no processo, mas agora será bastante diferente, porque somos oficiais”, crê, acrescentando que é algo importante, porque este é “um mercado incipiente” em que 99% das startups falham.

Por quem é que foram avaliados? Nicolas Aguzin (HKEX – Hong Kong), Anderson Thees (Redpoint Ventures – Brasil), Vinnie Lauria (Golden Gate Ventures – Singapura), Roshini Bakshi (Everstone Capital Advisors – Indonésia), Tiger Fang (Kargo –  Indonésia) e Randy Reddig (Fastly – Estados Unidos).

Fundada em 1997 por Linda Rottenberg, autora da obra Crazy Is a Compliment: The Power of Zigging When Everyone Else Zags, a Endeavor está presente em 42 países e conta com cerca de dois mil empreendedores, 13% dos quais mulheres. No acumulado, as empresas destes fundadores lucraram mais de 28 mil milhões de dólares (cerca de 26 mil milhões de euros), criaram mais de 3,9 milhões de empregos e levantaram na ordem dos 4 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) de capital só em 2021.

Miguel Santo Amaro revela que conheceu Linda Rottenberg em 2013 num evento na Casa da Música, na cidade do Porto. “Já conhecíamos algumas pessoas, que admiramos imenso, mas conheci melhor ainda a Endeavor quando o Ricardo [Mesquita] assumiu a liderança”, conta. No caso de Ricardo Mesquita, managing director da Endeavor Portugal, conheciam-se pela sua ligação à sociedade de capital de risco portuguesa Shilling VC, investidora da Coverflex.

Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander e presidente do Santander para a Europa, também é uma das personalidades que estiveram por detrás da criação da Endeavor Portugal, a par com Nuno Sebastião (Feedzai), Anabela Ferreira (Intraplás), António Murta (Pathena), Joaquim Sérvulo Rodrigues (Armilar Venture Partners), João Coelho-Borges (Draycott Capital) e Philippe Teixeira da Mota (Shapers).

José Salgado e Sérgio Vieira foram dois dos 152 empreendedores Endeavor que integraram a lista em 2023 e os primeiros de Portugal.

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