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Regresso às aulas: Bloco de Esquerda que ouvir ministro da Educação no Parlamento

“O primeiro-ministro veio agora correr atrás do prejuízo”, disse Joana Mortágua que também explicou que agora “serão contratados mais 1.500 funcionários”, uma medida que segundo o Bloco de Esquerda deveria ter sido anunciada mais cedo.
21 Setembro 2020, 12h21

A deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, disse esta segunda-feira, 21 de setembro, que o partido pretende ouvir o ministro da Educação no Parlamento sobre as questões relacionadas com o início do novo ano escolar.

“Queremos ouvir o ministro da Educação sobre estas matérias porque achamos que o Parlamento não pode passar ao lado do início do ano letivo sobretudo num ano tão delicado e com tantas medidas que têm de ser tomadas”, referiu Joana Mortágua em conferência de imprensa a partir da Assembleia da República.

Durante a sua intervenção, Joana Mortágua recordou que “em junho o Bloco de Esquerda fez uma proposta ao ministro, de diminuição de um número de alunos por turma e sabemos o que é que isso significava, mais funcionários, mais professores e encontrar com cada escola porque nem todas as escolas têm as mesmas condições físicas”.

“Era preciso encontrar com cada escola soluções para promover o distanciamento físico que não passassem por manter os alunos o dia inteiro da mesma sala de aula e que não passassem por meter os alunos à porta da escola à espera do autocarro à chuva, todos debaixo da mesma paragem de autocarro e achamos que isso era possível se houvesse os recursos necessários, essa preparação podia ter sido possível”, sublinhou Joana Mortágua lembrando que o projeto do partido foi chumbado.

“Foi dito até que ele não era solução para o início do ano letivo e portanto o que nós assistimos foi um ano letivo mais ou menos a começar com os mesmos recursos que teve o ano letivo passado, portanto o mesmo número de alunos por turma, o mesmo número de professores, algum reforço para as tutorias , mas por exemplo relativamente ao numero de funcionários era muito claro que não havia necessários nas escolas para fazer a higienização, para fazer a limpeza e para cumprir o alagamento de horários”, disse a deputada do Bloco de Esquerda.

Depois da ausência de medidas, Joana Mortágua destacou ainda que “o primeiro-ministro veio agora correr atrás do prejuízo e que agora serão contratados mais 1.500 funcionários”. ” Não entendemos como não era possível ver que isto era necessário e fazer essa contratação durante o verão, dessa forma os funcionários já estariam nas escolas agora”, frisou a deputada do Bloco de Esquerda.

Joana Mortágua considerou ainda que, para o ano letivo que começou a 14 de setembro, existiam “alternativas, elas não eram fáceis, elas não tinham certamente os mesmos custos que teve o ano passado, mas nós estamos a lidar com uma pandemia , estamos a lidar com  o direito de uma geração à educação e portanto esse investimento, é um investimento que tem de ser feito”.

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