Reino Unido e guerra comercial penalizam bolsas europeias. PSI 20 não escapa à conjuntura

O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,42%, para 4.901,44 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta terça-feira, 3 de setembro. De acordo com o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro, “no plano macro, houve uma queda inesperada das vendas a retalho no Reino Unido e, neste panorama, a libra deprecia face ao dólar para mínimos de outubro de 2016”. Esta conjuntura estará a penalizar os mercados europeus.

Além da quebra das vendas a retalho no Reino Unido, a situação política também contribui para as incertezas dos investidores. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse não estar interessado na realização de eleições antecipadas, embora a imprensa britânica escreve que o governo admite essa possibilidade no dia 14 de outubro, caso seja aprovada legislação que imponha um novo adiamento do Brexit.

Outro tema do dia é a evolução da guerra comercial, quando os Estados Unidos e China tentam acertar os termos da reunião esperada para setembro tendo em vista um passo a caminho do fim do conflito. Na sua análise, Loureiro escreve que, “segundo fontes próximas do caso, os responsáveis norte-americanos e chineses têm tentando chegar a acordo sobre o cronograma da reunião esperada este mês no âmbito da guerra comercial, indicando que os dois países ainda não chegaram às principais linhas gerais”.

Em Lisboa, catorze empresas cotadas negoceiam em queda, duas em alta e outras duas não apresentam variação.

Os títulos da Pharol (-1,72%), BCP (-0,78%), Galp (-0,58%), Navigator (-0,72%) e Jerónimo Martins (-0,54%) são os que mais penalizam o PSI 20.