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BES: Ricardo Salgado não precisa de pedir autorização para sair de Portugal

Apesar de ser arguido em vários processos, Ricardo Salgado pode viajar para o estrangeiro sem precisar de pedir autorização às autoridades. O ex-presidente do BES viajou para a Suíça esta semana.
  • Rafael Marchante/Reuters
28 Março 2019, 10h33

Ricardo Salgado saiu de Portugal rumo à Suíça esta semana. O ex-presidente do Banco Espírito Santos (BES) apanhou um avião no aeroporto de Lisboa rumo à cidade suíça de Genebra na segunda-feira.

Conforme noticiou o Correio da Manhã, o antigo banqueiro foi visitar a filha e os netos que residem naquele país, na companhia da sua mulher Maria João Salgado.

Apesar de ser arguido em vários processos, Ricardo Salgado pode viajar para o estrangeiro sem precisar de pedir autorização às autoridades, segundo a Procuradoria-Geral da República.

“Embora, relativamente ao arguido que refere, já não esteja vigente qualquer medida de coação que obrigue ao pedido de autorização para deslocações ao estrangeiro, o mesmo encontra-se sujeito a termo de identidade e residência e, nesse âmbito, tem que comunicar as ausências, superiores a 5 dias, da morada fixada nos autos, o que tem acontecido e permitido tomar as medidas julgadas necessárias”, disse fonte oficial da PGR ao Jornal Económico.

Desta forma, o antigo banqueiro só precisa de comunicar às autoridades ausências superiores a cinco dias da sua morada habitual.

Ricardo Salgado foi constituído arguido em vários como Monte Branco, Universo Espírito Santo, Operação Marquês ou Caso EDP. Foi também alvo de vários processos contra-ordenacionais pelo Banco de Portugal e CMVM, após a queda do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES).

Ricardo Salgado estará de regresso a Portugal na sexta-feira, 29 de março, de acordo com o seu advogado, conforme escreveu o Correio da Manhã.

 

Os lesados do BES manifestaram-se no início de fevereiro em frente à casa de Ricardo Salgado em Cascais, exigindo a devolução do dinheiro investido em produtos financeiros tóxicos do banco.

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