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Sindicato condena “mobilização forçada” de médicos para lar de Reguengos de Monsaraz

Para o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, esta é uma decisão “manifestamente abusiva”, tendo em conta que Portugal não se encontra em Estado de Emergência.
5 Julho 2020, 10h07

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) considera que a mobilização de médicos do Alentejo para a Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, é “uma atitude autoritária que carece de sustentação legal”.

Para a entidade sindical, a mobilização “forçada” dos profissionais de saúde sob tutela da Autoridade Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, entre os quais médicos de Évora, “é manifestamente abusiva”, tendo em conta que Portugal não se encontra em Estado de Emergência.

“Os utentes que estes médicos vão deixar de acompanhar na sua atividade programada não podem ser novamente penalizados nem ficar sem o devido acompanhamento, sob pena de futuras consequências gravosas por descompensação aguda de patologias prévias”, lamenta o SMZS.

Em comunicado, o sindicato diz ainda que iniciará todas as ações no plano sindical e jurídico que forem necessárias aquela ARS mantenha esta posição ou proíba o gozo de férias por parte dos médicos. Segundo o SMZS, a ausência de recursos humanos é da responsabilidade do Ministério da Saúde e não cria condições para atrair e reter médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O surto de Covid-19 neste lar foi detetado a 18 de junho e, neste momento, o número de casos positivos é de 94, distribuídos entre 72 utentes (oito vítimas mortais) e 22 trabalhadores (uma morte e um caso curado), havendo ainda a registar 49 casos comunitários ativos (um caso curado), diretamente ligados a esta instituição.

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