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‘Startups’ criaram cinco mil empregos diretos em Lisboa em três anos

Inquérito permitiu também concluir que “existem 500 ‘startups’ nas incubadoras” este ano e que também nos últimos três anos passaram mais de 1.300 empresas pela ‘Startup’ Lisboa.
14 Maio 2018, 19h42

As ‘startups’ de Lisboa foram responsáveis pela criação de mais de cinco mil empregos diretos em três anos, foi hoje anunciado pela Câmara Municipal na apresentação da 7.ª Semana do Empreendedorismo, que agora arranca.

Falando esta tarde no salão nobre dos Paços do Concelho, o diretor municipal de Economia e Inovação da Câmara de Lisboa, Paulo Soeiro de Carvalho, traçou o cenário atual das ‘startups’ na capital, feito a partir da atualização de um inquérito às incubadoras e alguns dos principais espaços de ‘coworking’ da capital.

O último inquérito do género foi realizado em 2016.

Na apresentação, Paulo Carvalho avançou que foram criados “mais de cinco mil empregos, diretos, nos últimos três anos”.

O inquérito permitiu também concluir que “existem 500 ‘startups’ nas incubadoras” este ano e que também nos últimos três anos passaram mais de 1.300 empresas pela ‘Startup’ Lisboa.

O diretor municipal apontou também que, no ano passado, foram criadas “mais de 6.300 empresas” em Lisboa, o valor mais alto da última década e “um acréscimo de 16%” face a 2016″.

“Nasceram quase três vezes mais empresas do que aquelas que morreram”, acrescentou, apontando que um terço destes novos negócios dedicam-se aos setores do conhecimento e da alta tecnologia.

A capital portuguesa conta atualmente com 18 incubadoras de ‘startups’, mais de 14 programas de aceleração de empresas e mais de 50 espaços de ‘coworking’, foi referido.

Na abertura da cerimónia, o vice-presidente da Câmara, Duarte Cordeiro (PS), responsável pelos pelouros da Economia e Inovação, disse que, “hoje, Lisboa é uma cidade que está a crescer em ritmo acelerado”.

“Falamos de emprego de qualidade. Já não estamos a exportar talento, estamos a reter talento e queremos importar talento” para a cidade, salientou.

Assim, na opinião do autarca, “a ‘Startup’ Lisboa já não é a mesma desde a sua criação”, em 2012.

Duarte Cordeiro avançou também que, no âmbito da empregabilidade, a Câmara de Lisboa “criou um fundo de cinco milhões de euros” destinado a melhorar a “atratividade das universidades e criar incentivos para a transferência de conhecimento e tecnologias” do ensino superior para as empresas.

A par disto, o objetivo do município passa também por “colocar a cidade à disposição da inovação”. Para tal, o futuro passa também por “alargar a área de escritórios” em Lisboa e desenvolver “projetos específicos”, como o Hub Criativo do Beato.

A oferta de escritórios vai passar também por Entrecampos, e o vice-presidente elencou que “dentro de semanas” a Câmara Municipal vai “apresentar o projeto traçado para os terrenos da antiga Feira Popular”, a Operação Integrada de Entrecampos.

A 7.ª edição da Semana do Empreendedorismo, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, arranca hoje e termina na sexta-feira, dia 18 de maio.

De acordo com informação disponibilizada pelo município, a iniciativa vai contar com cerca de 30 eventos espalhados por mais de 20 locais e vai envolver mais de 50 parceiros.

A organização estima que cinco mil pessoas vão participar neste evento, ao longo dos vários dias.

A fechar a cerimónia, a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, advogou que o número de empresas criadas em 2017 “mostra bem a vitalidade e dinamismo da cidade”.

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