[weglot_switcher]

Subida dos preços do petróleo penaliza Wall Street

O setor da saúde foi o que mais pesou no S&P 500, que levaram a tombos próximos de 5% da Allergan e da Celgene. O dólar valorizou face às pares e as ‘yields’ recuaram.
  • Reuters
30 Abril 2018, 21h18

As principais bolsas norte-americanas fecharam esta segunda-feira em queda, depois de uma inversão na tendência positiva de abertura. O momento de viragem foi marcado pela escalada dos preços do petróleo, mas também por notícias no setor da saúde norte-americano.

O índice industrial Dow Jones caiu 0,61% para 24.163,15 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,82% para  2.648,08 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 0,75% para 7.066,27 pontos.

O setor da saúde foi o que mais pesou no S&P 500, depois de o CEO da Allergan ter defendido que não pretende fazer alterações na estratégia da empresa de medicamentos. As ações tombaram 5,18% para 153,65 dólares. O Morgan Stanley disse esperar um atraso de três anos no tratamento para a esclerose múltipla da Celgene e os títulos da empresa também caíram 4,47% para 87,10 dólares.

A penalizar as ações esteve ainda a possibilidade de uma escalada nas tensões entre grandes países petrolíferos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu ter provas concludentes de que o Irão tem um programa secreto de armamento nuclear e que quebrou o acordo assinado em 2015. Donald Trump tem agora até 12 de maio para decidir se irá retomar as sanções contra o país.

Como consequência das dúvidas sobre o futuro da oferta por parte do Irão, os preços do petróleo subiram esta segunda-feira, em Nova Iorque e Londres. O crude WTI avançou 0,51% para 68,45 dólares por barril e o brent subiu 1,08% para 74,59 dólares.

Este mês, o petróleo alcançou o valor mais elevado desde 2014, e nem os resultados empresariais robustos conseguiram superar os receios que a matéria-prima mais cara reduza as margens financeiras no futuro.

“Os resultados já estão descontados. Não há grande razão para comprar, estamos presos na lama neste momento”, afirmou Robert Phipps, diretor da Per Stirling Capital Management, à agência Reuters.

No mercado cambial, a moeda norte-americana apreciou-se 0,43% contra o euro para 1,207 dólares, 0,11% contra a libra para 1,376 dólares e 0,24% face à par japonesa para 109,31 ienes. As yields das Treasuries a 10 anos recuaram 0,93 pontos base para 2,947%, afastando-se da marca dos 3% (máximos de 2014), que tocou na semana passada.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.