Trabalho temporário recupera 1,4% globalmente no ano passado em relação a 2021

O trabalho temporário recuperou globalmente 1,4% no ano passado em relação aos números de 2021, ano em que foram feitas 388.235 contratações, mais teve uma quebra de 5,5% em relação a 2022.

Os dados constam dos Barómetros do Trabalho Temporário relativos aos últimos três meses de 2023 e à totalidade do ano, realizados pelo APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos – e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa).

No quatro trimestre do ano passado, foi registado um decréscimo homólogo nas colocações de trabalho temporário. Por mês, a quebra foi de 13,4% em outubro (menos 5.061 pessoas), 9,7% em novembro (menos 3.381 pessoas) e 11,9% em dezembro (3.792 pessoas).

“No total, a diminuição no número de colocações no quarto trimestre de 2023 face ao mesmo período do ano anterior foi de -11,7% (104.9685 em 2022 vs 92.449 em 2023). Os valores estão também -17,2% abaixo das colocações do quarto trimestre de 2019 (111.637 colocações), -6,4% e -2,4% abaixo do mesmo período em 2021 e 2020 (98.794 e 94.710 colocações, respetivamente)”, é detalhado nos barómetros.

No que diz respeito ao Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), este registou um decréscimo gradual desde o início de 2023, sendo de 0,87 em outubro, 0,90 em novembro e 0,88 em dezembro, todos eles abaixo do índice registado nos mesmos meses do ano anterior.

“Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se uma estabilização da contratação de trabalhadoras do género feminino em outubro (44,8%), novembro (44,7%) e dezembro (44,4%)”, acrescenta, ainda, o documento.

Quanto à distribuição etária, segundo os Barómetros do Trabalho Temporário cerca de 26%/27% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos no período em análise.