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Trump vai encontrar-se com Xi e bolsas europeias respiram de alívio

O PSI 20 (+0,81%, para 5.111,65 pontos) acompanha a subida das suas principais congéneres da Europa.
  • Reuters
14 Maio 2019, 09h54

A bolsa portuguesa está a negociar em terreno positivo na manhã desta terça-feira (14 de maio), acompanhando a maré favorável das suas principais congéneres europeias. O principal índice nacional estava a valorizar 0,81%, para os 5.111,65 pontos por volta das 8:45, na sequência de uma recuperação geral das praças da Europa e de o presidente norte-americano ter anunciado que se vai encontrar com o homólogo chinês à margem da próxima cimeira do G20.

“Hoje temos a notícia que os EUA têm em vista uma nova ronda de tarifas a outros produtos importados da China. Ainda assim, Trump deixou a indicação de que vai encontrar-se com Xi Jinping na reunião do G20, ponto favorável para investidores”, explica Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp.

A beneficiar diretamente a Bolsa de Lisboa estão as subidas de títulos como os do BCP (+1,75%), das retalhistas Sonae e Jerónimo Martins (+1,41% e +0,63%, respetivamente), da Corticeira Amorim (+2,17%), da Galp Energia (+1,53%) ou da Mota-Engil (+2,54%).

A Pharol sobe 1,92%, após ter informar o mercado de que a operadora brasileira Oi, na qual detém uma participação, viu os seus lucros baixarem para 568 milhões de reais (cerca de 127 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2019, face aos 30,5 mil milhões reais (aproximadamente 6,8 mil milhões de euros) registados nos três primeiros meses de 2018.

Os CTT – Correios de Portugal sobem 0,88%, para 2,30 euros, na sessão subsequente a ter oficializado João Bento como novo CEO do operador postal.

Em contraciclo está a EDP e a EDP Renováveis, cujas ações descem 0,10% e 0,35%, para 3,15 euros e 8,51 euros, pela mesma ordem. Ontem, a energética adiantou que, através da EDP Serviço Universal, acordou a venda sem recurso de 52,4% do défice tarifário de 2019, relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial, por um montante de 609 milhões de euros.

Nas restantes praças do ‘Velho Continente’, reina igualmente o ‘verde0’. O índice alemão DAX soma 0,61%, o britânico FTSE 100 sobe 0,73%, o francês CAC 40 valoriza 0,92%, o holandês AEX avança 0,43%, o italiano FTSE MIB ganha 0,78% e o espanhol IBEX 35 cresce 0,47%. O Euro Stoxx 50 está a ser marcado por uma valorização de 0,74%.

Os analistas do CaixaBank/BPI Research também destacam o movimento de recuperação face às fortes perdas no habitual «Diário de Bolsa». “Analisando numa ótica de médio longo prazo, os recentes recuos dos mercados bolsistas têm sido relativamente pequenos à luz das fortes valorizações alcançadas desde o final de 2018. A título de exemplo, refira-se o DAX que se valorizou desde esse período até ao início da semana passada dos 10295 até aos 12460 (21%). Na semana passada, o DAX perdeu cerca de 600 pontos ou seja 4,80%”, assinalam.

Ainda na Bolsa de Frankfurt, olhos postos na descida de 2,43%, para 55,10 euros, da farmacêutica alemã Bayer depois de um júri norte-americano ter condenado a Monsanto (subsidiária) a pagar 1,8 mil milhões de euros a um casal norte-americano. “Trata-se do terceiro caso que a Monsanto perde. Por razões similares o grupo foi condenado a pagar 81 milhões de dólares em março e 290 milhões de dólares em agosto passado”, refere Ramiro Loureiro.

Quanto à cotação do barril de Brent, sobe 0,03%, para 70,25 dólares, enquanto a cotação do crude WTI recua 0,21%, para 60,91 dólares por barril. No mercado cambial, nota para a apreciação de 0,10% do euro face ao dólar (1,1235) e para a desvalorização de 0,18% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2932).

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