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Volume de construção deverá crescer 2% a nível mundial em 2024

Nas economias mais avançadas a subida irá situar-se entre os 1,8% e os 2,2%. Entre os principais riscos do sector estão a escassez de mão de obra qualificada, o que poderá aumentar os custos salariais, em particular no mercado europeu.
25 Março 2024, 11h01

O sector da construção deverá registar um crescimento no seu volume global de 2% em 2024, sendo que entre as economias mais avançadas essa subida irá situar-se entre os 1,8% e os 2,2%, de acordo com as previsões divulgadas pela seguradora Crédito y Caución esta segunda-feira, 25 de março.

Este ligeiro aumento a nível mundial é justificado pela seguradora pela “turbulência imobiliária na China” a que se juntam os custos de materiais e mão-de-obra que “permanecem elevados em muitas economias”, o que poderá aumentar os custos salariais, em particular no mercado europeu.

De resto, a seguradora aponta que o sector da construção suba 1,7% na China em 2024 e que desça 0,2% no ano seguinte. O segmento residencial deverá diminuir 2,9% em 2024,  após uma quebra de quase 10% no investimento no ano anterior. “

As elevadas taxas de juro devem levar a que o segmento residencial não apresente nenhum crescimento este ano, sendo que a produção não residencial e a engenharia civil vão observar um aumento de 2,8% e 4,4%, respetivamente, de acordo com a seguradora.

“Os Estados Unidos, a Europa e a China continuarão a defender grandes projetos de infraestruturas para impulsionar o potencial produtivo das suas economias e apoiar o crescimento”, pode ler-se no comunicado da Crédito y Caución.

No mercado norte-americano as estimativas da seguradora são de um crescimento de 4,4% em 2024, sendo que na produção não residencial e engenharia civil, são esperados aumentos de 4,8% e 8,0%, respetivamente. Em sentido inverso, a construção residencial deverá cair 1,7% este ano devido ao aumento significativo das taxas de juro.

A seguradora indica ainda que o risco de crédito aumentou para as empresas de construção em território europeu, prevendo-se que o sector cresça 0,7% na zona euro em 2024, em linha com uma recuperação económica modesta e taxas de juro elevadas.

“Atualmente existe um problema significativo de excesso de oferta e para o resolver será necessário limpar o excesso de stock e a alavancagem dos promotores imobiliários. Espera-se que os segmentos da construção não residencial e da engenharia civil, impulsionados pelo investimento público em setores estratégicos como o carregamento de veículos elétricos e as energias renováveis, aumentem 0,9%, respetivamente, em 2024”, aponta a seguradora.

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