Donald Trump voltou a fazer mudanças na Administração, criando instabilidade nos futuros de Wall Street ao longo da manhã. Apesar do impacto do despedimento do secretário de Estado Rex Tillerson, as principais bolsas norte-americanas focaram-se nos dados da inflação e acabaram por abrir com ganhos.
“Não me parece que a saída e substituição de Tillerson seja um choque para o mercado que dure muito. As mudanças na administração Trump são tão grandes”, afirmou David Kotok, chairman da Cumberland Advisors, à agência Reuters.
As notícias do despedimento – através do Twitter oficial do presidente dos EUA – seguem-se a outra saída importante. Na semana passada, também o principal conselheiro económico de Trump, Gary Cohn, abandonou o cargo.
No entanto, os mercados parecem já estar a habituar-se à rotatividade nos cargos próximos do presidente. Esta terça-feira, o índice industrial Dow Jones abriu a ganhar 0,35% para 25.267,48 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 0,28% para 2.790,70 pontos e o tecnológico Nasdaq avança 0,12% para 7.597,30 pontos.
No mercado cambial, a moeda norte-americana deprecia-se 0,26% contra o euro, fixando-se nos 1,237 dólares. Os juros das Treasuries a 10 anos recuam ligeiramente para 2,86%.
A apoiar os ganhos nas ações estão os dados do índice de preços no consumidor nos EUA, que desaceleraram em fevereiro, devido aos preços da gasolina e à moderação do valor do alojamento. A inflação mensal acelerou 0,2% em fevereiro, contra os 0,3% no mês anterior, enquanto a anual manteve-se inalterada nos 1,8%.
“Apresenta certamente algumas questões mais difíceis para o banco central se quiserem embarcar num ciclo de subidas nos juros mais agressivo na próxima semana. Qual é o ponto final? Como esperam que a inflação seja substancialmente mais elevada se já estiverem a começar a ver alguns sinais de fraqueza irregular”, acrescentou Aaron Kohli, estrategista de taxas de juro da BMO Capital Markets.
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