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Wall Street abre em alta. Tecnologia recupera antes das contas da Apple

Além do sentimento no setor tecnológico, os investidores estão também focados na reunião da Reserva Federal dos EUA, que termina esta terça-feira. O banco central deverá esperar por setembro para voltar a subir os juros.
  • Reuters
31 Julho 2018, 14h47

As principais bolsas norte-americanas abriram esta terça-feira em alta, a inverter a tendência das últimas sessões. A marcar a sessão está a recuperação do setor da tecnologia, enquanto os investidores esperam pelo resultado da reunião de dois dias de política monetária da Reserva de Federal norte-americana, que termina esta quarta-feira.

O índice industrial Dow Jones abriu com um ganho de 0,44% para 25.417,09 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avança 0,41% para 2.814,07 pontos. Já o tecnológico Nasdaq sobe 0,54% para 7.671,30 pontos, após ter caído durante três sessões consecutivas mais de 1%, o que não acontecia há três anos.

“É uma reação técnica porque as ações tecnológicas foram vendidas de forma agressiva”, explicou Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, em declarações à agência Reuters. “Se há vários dias de quedas, começa a haver uma procura por ‘pechinchas’ e é o que está temporariamente a impedir a queda”.

FAANG recuperam antes dos resultados da Apple

As FAANG – Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Alphabet – têm estado em destaque nos últimos dias Entre o grupo destas gigantes tecnológicas falta apenas uma apresentar contas e a reação dos mercados foi mista. Enquanto a Facebook e Netflix foram penalizadas pelos investidores apesar da subida dos lucros, a Alphabet e a Amazon valorizaram em bolsa.

Esta terça-feira, após o fecho do mercado norte-americano é a vez de a Apple desempatar. Na abertura de Wall Street, o Facebook sobe 0,71% para 172,27 dólares por ação, a Apple ganha 0,22% para 190,33 dólares, a Amazon 1,23% para 1.801,06 dólares, a Netflix 1,08% para 338,59 dólares e a Alphabet 0,54% para 1.236,74 dólares.

Analistas e investidores estarão à espera não só do crescimento da empresa, como de indicações sobre os planos para o novo iPhone. O consenso entre os analistas consultados pela agência Bloomberg aponta para uma subida homóloga das receitas de 15% para 52,3 mil milhões de dólares.

A confirmar-se, será o crescimento mais forte desde o segundo trimestre de 2015 e poderá ser impulsionado pelo aumento do preço médio do iPhone, das receitas com serviços e das vendas do Apple Watch. O foco estará também no outlook para o próximo trimestre, já que em setembro, a gigante tecnológica irá anunciar o próximo iPhone.

Investidores à espera de Jerome Powell

Além do sentimento no setor tecnológico, os investidores estão também focados na reunião de dois dias da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que começa esta terça-feira.

O presidente da Fed, Jerome Powell, tem referido que a instituição mantém o plano de continuar gradualmente a subir a federal funds rate e a expetativa é que a Federal Open Market Committee (FOMC) implemente mais duas subidas este ano, para perfazer um total de quatro em 2018. No entanto, é esperado que esta ainda não se concretize esta semana.

No mercado cambial, a moeda norte-americana desvaloriza 0,15% contra o euro, para 1,1724 dólares e 0,04% contra a libra para 1,3138 dólares. Já face à par japonesa, o dólar aprecia-se 0,67% para 111,78 ienes. Os juros das Treasuries a 10 anos recuam 1,48 pontos base para 2,958%.

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