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Há mais empresas a pagar IRC e analistas dizem que dados “refletem um panorama robusto”

Os números da Autoridade Tributária “refletem um panorama robusto e uma economia em clara aceleração”, analisa a consultora Capitalizar.
5 Abril 2024, 12h48

A taxa média efetiva de imposto suportada pelas empresas em 2022 subiu 1,4 pontos percentuais elevando-se de 18,9% para 20,3%. Já a derrama estadual registou um aumento de 57,7% face ao ano anterior com mais 22,4% de empresas a suportar este acréscimo aos impostos sobre o rendimento.

Os números são das estatísticas do IRC relativas aos resultados fiscais das empresas registados em 2022 e declarados ao Fisco em 2023 e divulgados esta semana pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e traçam o retrato do IRC de 2022.

Os dados divulgados pela Autoridade Tributária apontam as atividades financeiras e de seguros como as que mais contribuem para o pagamento do imposto.

“A análise dos dados revela que as atividades financeiras e de seguros são as que mais contribuem para o pagamento de IRC, representando 27,1% do total de IRC liquidado”, destaca a consultora Capitalizar.

As empresas com um volume de negócios superior a 5 milhões de euros são responsáveis por 57,3% do IRC Liquidado, apesar de representarem apenas 2,1% do total de empresas.

Os números da AT “refletem um panorama robusto e uma economia em clara aceleração”, analisa a consultora Capitalizar.

“O retrato do IRC de 2022, pago em 2023, indica que há mais empresas a declarar IRC, há mais imposto liquidado e a taxa média efetiva ultrapassou a linha dos 20%”, revela a consultora.

“Os recentes dados divulgados pela Autoridade Tributária (AT) lançam luz sobre o cenário fiscal em Portugal em 2022, destacando um crescimento substancial no pagamento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) por parte das empresas. Os números revelados indicam uma tendência positiva que reflete uma economia em clara aceleração”, destaca a empresa de consultoria fiscal e financeira Capitalizar.

De acordo com os dados divulgados, o número de declarações de rendimentos Modelo 22 –destinada a declarar os rendimentos sujeitos ao imposto sobre os rendimentos das pessoas coletivas (IRC) – registou um aumento de 3,9% em 2022, representando um acréscimo de mais de 60 mil declarações em comparação com o ano anterior.

Já o Resultado Líquido Positivo declarado teve um aumento de 28,7% de 2021 para 2022, totalizando um acréscimo de cerca de 13 mil milhões de euros. “Esse aumento foi acompanhado por um crescimento de 8,3% no número de entidades com resultado líquido positivo”, segundo os dados da AT.

Apesar do crescimento no Resultado Líquido Negativo, que aumentou em 6,4% de 2021 para 2022, houve uma ligeira diminuição de 0,3% no número de entidades com resultado líquido negativo.

Sobre o IRC liquidado em 2022, este assistiu a um aumento substancial de 39,7%, totalizando um crescimento de mais de 2 mil milhões de euros.

Segundo analisa José Pedro Pais, partner da Capitalizar, “estes dados refletem um panorama robusto de crescimento da economia portuguesa em 2022, destacando um aumento significativo na contribuição fiscal das empresas.”

 

 

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