Da alimentação à rendas: o que subiu de preço em 2025

No início de cada ano, é comum surgirem atualizações de preços em vários setores. Para 2025, já foram anunciados aumentos aplicados a vários produtos e serviços, que acompanham a subida dos salários na função pública, salário mínimo e pensões. A título de exemplo, os lacticínios, o café ou o pão vão pesar mais na sua lista de compras, mas os aumentos não ficam por aí. Está a par de todas as alterações? Saiba o que ficou mais caro desde o início do ano.

Alimentação e bens essenciais

Produtos como o pão e o leite registaram aumentos de preço, influenciados pela subida dos custos de produção e pelo aumento do salário mínimo nacional. A Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP) confirmou a subida no preço do pão, enquanto a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite apontou para um encarecimento dos produtos lácteos devido aos elevados custos associados à energia e combustíveis.

O café também aumenta em 2025. Depois do preço do grão ter atingido o nível mais alto de sempre nos mercados internacionais, este ano, as marcas de café estão a considerar aumentar os preços. Os motivos são variados: ambientais – a falta de chuva tem prejudicado as produções no Brasil e no Vietname – ou legislativos, depois da União Europeia adotar novas regras de combate à desflorestação, a nível mundial.

Portagens

As portagens nas autoestradas sofreram um aumento médio de 2,21%. Por exemplo, na A1, a viagem entre Lisboa e Porto para veículos de classe 1 passou a custar 24,60 euros, representando um acréscimo de 70 cêntimos. Já na A2, entre Lisboa e o Algarve, o preço subiu 60 cêntimos, fixando-se em 23,30 euros.

Rendas de Casa

As rendas habitacionais aumentaram até 2,16% em 2025. Isto traduz-se, por exemplo, num acréscimo de 16,20 euros numa renda mensal de 750 euros. Este ajuste segue o coeficiente de atualização anual determinado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Transportes Públicos

Os bilhetes ocasionais nos transportes públicos registaram um aumento de 2,02%. No Metro de Lisboa, o bilhete simples passou de 1,80 para 1,85 euros. No entanto, os passes mensais, como o Navegante, mantiveram os preços inalterados.

Telecomunicações

A Altice Portugal, proprietária da Meo, procedeu a uma atualização de preços em janeiro de 2025, conforme previsto contratualmente, com exceção dos serviços Uzo e Moche. Por outro lado, a NOS decidiu não aumentar os seus preços este ano, enquanto a Vodafone optou por atualizações pontuais para um número reduzido de clientes.

Energia

Contrariamente à tendência, no setor elétrico, houve uma redução nos preços. No mercado regulado, as tarifas diminuíram entre 0,85 e 0,91 euros, resultado da aplicação de uma taxa de IVA reduzida a 6% nos primeiros 200 kWh consumidos mensalmente. No mercado liberalizado, empresas como a EDP Comercial e a Galp anunciaram reduções de cerca de 6% na componente de eletricidade das faturas.

Medicamentos

Segundo a portaria para revisão anual dos preços publicada no Diário da República, os medicamentos com preço de venda ao público (PVP) com valor até 16 euros poderão sofrer aumentos de 2,6% em 2025. A autorização para este aumento de preço prende-se com a tentativa de “evitar a erosão dos medicamentos com preços mais baixos”, ou seja, para impedir ruturas de stock nas farmácias.

Água e resíduos

Na água e nos resíduos, a tendência é de subida do valor a pagar nas faturas. Esperam-se aumentos no abastecimento de água, em média, entre os 2,1% (entidades municipais) e 4,4% (concessões). Quanto a gastos no saneamento, estarão entre os 5,9% (concessões) e os 6,4% (entidades municipais), consoante o tipo de entidade gestora (de gestão municipal ou em regime de concessão).

Relativamente à gestão dos resíduos urbanos, que está integrada na conta da água, as subidas devem posicionar-se entre os 4,8% e os 11,4%, novamente dependendo da entidade gestora – note-se que, nos regimes de concessão, o aumento é mais baixo.

Estes são os principais aumentos previstos para este ano. Tenha em conta estes gastos para organizar da melhor forma o seu orçamento mensal e fazer frente da melhor forma a esta variação de preços.