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Robôs no local de trabalho: 86% são a favor, revela estudo

Só 3% mostrou a resistência por parte dos trabalhadores, revela estudo da Universal Robots realizado em oito países europeus. Quase todos os líderes industriais inquiridos esperam que pelo menos 10% da sua força de trabalho trabalhe com cobots (ou robots colaborativos) na próxima década.
15 Outubro 2025, 13h32

Um estudo da Universal Robots intitulado ‘Relatório sobre o Estado da Automação Industrial 2025’, que envolveu oito países europeus, e mais de dois mil profissionais, coloca 86% dos inquiridos com uma atitude positiva relativamente à implementação de robôs no local de trabalho. Só 3% revelou a existência de resistência por parte dos trabalhadores.

Entre os líderes industriais inquiridos 93% esperam que pelo menos 10% da sua força de trabalho trabalhe com cobots (ou robots colaborativos) na próxima década, e 47% acredita que quase um quarto dos colaboradores o fará.

Dados relativos a Espanha indicam que 91% dos inquiridos consideram viável automatizar mais de 10% das suas operações fabris com cobots, e 48% diz que mais de 25% dos processos poderiam ser automatizados.

“Mais de metade dos inquiridos na Europa (e até 61% em Espanha) afirmam que os robôs criarão mais empregos do que eliminarão até 2030. Apenas 22% discordam, enquanto quase quatro em cada cinco (78%) estão otimistas ou neutros. Isto representa uma mudança radical em relação ao antigo receio de que a automação substituísse os trabalhadores. Uma mudança de mentalidade reflete-se na crescente adoção de robôs colaborativos em todos os setores”, salienta o estudo.

Os dados do estudo dizem ainda que 91% dos inquiridos acredita que os cobots podem reduzir a escassez de mão-de-obra em pelo menos 10%, e que 44% esperam uma redução de 25% ou mais.

Cerca de 68% dos inquiridos admite que o principal motivo para o investimento das empresas na automação é o aumento da produtividade. “89% das empresas inquiridas indica ter alcançado melhorias mensuráveis ​​de produtividade após a implementação de cobots. 52% observou aumentos entre 10% e 25%, quase um terço (30%) obteve aumentos de 26% a 50% e 6% experimentaram melhorias superiores a 50%”, refere o estudo.

“O setor industrial europeu está a sofrer uma grande transformação, à medida que as empresas enfrentam instabilidade geopolítica, inflação, envelhecimento da força de trabalho e desafios na cadeia de abastecimento”, disse o National Manager da Universal Robots em Espanha e Portugal, Jordi Pelegrí.

“Em resposta, a automação deixou de ser um objetivo a longo prazo para se tornar uma prioridade imediata, com as empresas a investirem em robótica, inteligência artificial e analítica avançada para aumentar a produtividade, a qualidade e a resiliência. O nosso estudo confirma esta mudança, mostrando que os cobots não só melhoram a eficiência, como também estão a impulsionar uma transformação profunda em todas as operações”, acrescentou Jordi Pelegrí.

Jordi Pelegrí sublinha a mudança que tem existido ao nível da automação. “Embora anteriormente limitada à produção em grande escala, a automação está a espalhar-se por todos os setores e empresas de todas as dimensões, apoiada por uma força de trabalho cada vez mais preparada para se adaptar, como o nosso estudo demonstra claramente. A automação, nas suas diversas formas, está a tornar-se um dos pilares do futuro industrial da Europa e será essencial para manter a competitividade global através da inteligência, flexibilidade e design centrado no ser humano”, salientou o National Manager da Universal Robots em Espanha e Portugal.


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