A empresa de telecomunicações brasileira Oi, cuja parte do capital é detida pela portuguesa Pharol, pediu mais tempo para concretizar o seu plano de reestruturação da dívida no âmbito do processo de recuperação judicial que está sujeita no Brasil, foi comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no domingo à noite.
De acordo com a informação prestada ao mercado pela Pharol, que detém 5,51% do capital social da Oi através da Bratel, a telecom brasileira requereu à supervisão judicial das empresas do grupo que o processo de recuperação judicial não seja encerrado a 4 de fevereiro de 2020, tal como previsto – “data em que a homologação do Plano de Recuperação Judicial completa dois anos”.
“A medida de não-encerramento da supervisão judicial não traz mudanças para a situação atual das empresas Oi e não tem impacto quanto ao cumprimento do Plano de recuperação judicial em vigor, nem em relação a créditos correntes e sobre eventuais novos recursos que vierem a ser acedidos pelas empresas Oi”, pode ler-se no comunicado da Oi à Comissão de Valores Mobiliários, entidade reguladora do mercado bolsista brasileiro, agora dado a conhecer pela Pharol à CMVM.
A Oi argumenta que a decisão de prorrogar o tempo do processo de recuperação judicial “é uma medida natural que tem sido aplicada na maior parte” dos processos desta natureza e que o requerimento apresenta “circunstâncias relacionadas à complexidade inerente à magnitude de seu processo”.
O anúncio do requerimento de prolongamento do prazo do processo de recuperação judicial surge depois de no início de dezembro, a empresa brasileira ter reportado prejuízos de 5.747 milhões de reais (cerca de 1,23 mil milhões de euros) no terceiro trimestre de 2019 – mais de três vezes superior ao registado em igual período de 2018 (acima dos 1.559 milhões de euros).
A Oi está sob um processo judicial de recuperação financeira tendo em conta a elevada dívida contraída. Há pouco mais de três anos, a empresa brasileira anunciou o início de um processo de recuperação judicial para reestruturação da dívida de aproximadamente 65 mil milhões de reais (cerca de 14,6 mil milhões de euros).
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