Paula Brito e Costa já formalizou esta manhã o seu pedido de demissão da Raríssimas — Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras ao presidente da Assembleia Geral. A associação vai realizar a uma nova assembleia geral “nos primeiros dias de janeiro” para designar os novos membros.
A formalização da demissão acontece dois dias depois de Paula Brito e Costa ter afirmado que iria sair do cargo, depois de terem sido levantadas suspeitas sobre si de gestão danosa da instituição.
Em causa está a reportagem do canal de Queluz que trouxe a público documentos e testemunhos comprometedores sobre o trabalho da presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa. A TVI noticiou ainda que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sabia de antemão todas as irregularidades.
O trabalho jornalístico dá conta de despesas pessoais elevadas em vestuário e deslocações por parte de Paula Brito da Costa e noticia que a presidente aufere cerca de seis mil euros por mês em ordenados e despesas de representação. Na investigação, o secretário de Estado da Saúde, que foi consultor da associação recebendo 3 mil euros por mês, e a deputada socialista Sónia Fertuzinhos, que viajou até à Noruega paga pela Raríssimas também surgem envolvidos no esquema de utilização fraudulenta de recursos associativos.
Segundo a TVI, uma carta enviada pelo ex-tesoureiro da Raríssimas Jorge Nunes, datada a 9 de agosto, pedia a intervenção de José António Vieira da Silva, através do Instituto da Segurança Social. A polémica surgiu dessa missiva, que levou a entender que o ministro já teria de ter conhecimento das irregularidades nas contas desta associação solidária.
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