A Fundação ‘The Porto Protocol’ fundada pela Taylor’s, pretende dar um contributo para mitigar as mudanças climáticas no setor dos vinhos e vai dar início no presente mês de maio a um conjunto de conversas virtuais sobre o tema.
O primeiro tema é sobre como conseguir produzir garrafas de vinho, em vidro, de forma mais sustentável.
“Maio marca o início das ‘Climate Talks by Porto Protocol’, que prometem levantar questões, apresentar boas práticas e – porque não? – impelir à mudança de comportamentos. A primeira conversa acontece já na quinta-feira, dia 7 de Maio [hoje], às 17 horas, no canal do youTube da ‘Porto Protocol’ e será sobre a sustentabilidade da garrafa de vinho”, esclarece um comunicado da organização.
A mesma nota acrescenta que “‘The Elephant in the Room: Sustainable Packaging’ é o tema da primeira conversa e pretende medir o peso deste elefante na sala – a embalagem”.
“A garrafa é o elemento da indústria do vinho que mais contribui para a pegada de carbono do produto. Ainda assim, este é um dos assuntos menos discutidos e onde têm incidido menos medidas por parte das empresas produtoras”, alertam os responsáveis da ‘Porto Protocol’.
À mesa virtual vão juntar-se os oradores Nicolas Quillé, do Crimson Wine Group (E.U.A.); Santiago Navarro, da Garçon Wines (Reino Unido) e Tiago Moreira da Silva, da BA GLASS Iberia (Portugal). A moderação ficará a cargo de Marta Mendonça, da Porto Protocol.
Nicolas Quillé vai trazer o contributo da Crimson Wine Group, que tem trabalhado para diminuir o peso da embalagem, sem impactar a qualidade do produto final.
“Em um ano conseguiu reduzir o peso médio da garrafa em 75 gramas. Esta medida reduziu em 13% a quantidade de resíduo criado e diminuiu a pegada de carbono no processo de distribuição”, destaca o referido comunicado.
Além disso, o Crimson Wine Group passou a adquirir, segundo confidencia Nicolas Quillé, “vidro produzido localmente, em vez de importar esta matéria-prima”.
“Anteriormente, a garrafa percorria 8.800 quilómetros até chegar ao local do engarrafamento. Neste momento, a distância encurtou para 500 quilómetros”, revela este responsável.
Por seu turno, Santiago Navarro, da Garçon Wines, propõe uma solução disruptiva: uma garrafa achatada produzida com plástico reciclado.
“A escolha do material e do formato torna a garrafa 87% mais leve e 40% menor do que as convencionais garrafas redondas de vidro do mesmo volume e tamanho, que levará a uma redução substancial das emissões de CO2 por garrafa”, assinala a nota da ‘Porto Protocol’.
Por fim, Tiago Moreira da Silva, vai apresentar as razões basilares pelas quais o vinho deverá continuar a ser embalado e servido em vidro.
Para além de representar a empresa BA GLASS Iberia, traz consigo os estudos desenvolvidos pela Federação Europeia dos Fabricantes de Vidro de Embalagem (FEVE).
Quanto à moderação da conversa, Marta Mendonça, da ‘Porto Protocol’, “para além de querer perceber as perspectivas individuais dos convidados sobre as alterações climáticas, vai ainda querer dirigir a discussão para assuntos como a sustentabilidade do vidro, as possíveis alternativas e os seus efeitos na qualidade do vinho; os custos inerentes a embalagens mais amigas do ambiente, a percepção e escolha do consumidor, o contributo da cortiça, o excessivo embalamento e a eventual interferência da legislação nesta problemática”.
As conversas digitais estão marcadas para os dias 7, 14, 21 e 28 de Maio, mas prevê-se que continuem com uma periodicidade mensal ou bimensal.
Os painéis podem ser conhecidos em www.portoprotocol.com/climate-talks/.
A ‘Porto Protocol’ é uma instituição corporativa sem fins lucrativos, fundada pela Taylor’s. “Conta com centenas de membros, unidos pelo compromisso de dar uma contribuição maior para mitigar as mudanças climáticas”, garante o comunicado em questão.
Nascida na indústria do vinho e espalhada pelas indústrias de toda a sua cadeia de valor, a ‘Porto Protocol’ “foi criada com a forte convicção de que, se partilharmos os sucessos e as experiências, a resposta contra as mudanças climáticas será mais eficaz”.
“Todos os indivíduos e empresas que desejem a mudança podem beneficiar e igualmente contribuir para esta plataforma aberta e partilhada, que se espera que seja local de inspiração para a mudança, bem como um banco de dados, de recursos e de soluções viáveis”, garante o comunicado desta fundação que tem por objetivo combater as alterações climáticas.
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