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Administração de Tomás Correia retirou pelouros a Ribeiro Mendes “por quebra de confiança”

A administração de Tomás Correia suspendeu os pelouros a Ribeiro Mendes, depois do artigo de opinião do administrador da Associação Mutualista, intitulado: “Montepio: virar de página inadiável”.
  • Cristina Bernardo
10 Abril 2018, 21h56

O ambiente no Conselho de Administração da Associação Mutualista está crispado. O Conselho de Administração da Associação Mutualista retirou os pelouros ao administrador Fernando Ribeiro Mendes na semana da Páscoa, em reunião do Conselho de Administração, soube o Jornal Económico.

Segundo fontes familiarizadas com o assunto, “em causa esteve a quebra de confiança resultante de posições públicas assumidas por este administrador relativamente a projetos da Associação Mutualista, sem que os mesmos tenham sido alvo de discussão interna e sem a devida reserva”, revelam as nossas fontes.

Mas a gota de água foi o artigo de opinião publicado por Fernando Ribeiro Mendes no jornal Público no dia 24 de março, sob o título “Montepio: virar de página inadiável” em que assinava como Administrador do Montepio Geral Associação Mutualista. A administração liderada por Tomás Correia não gostou e o resultado é que Ribeiro Mendes, que até aqui detinha os pelouros de meios, serviços partilhados, compras, estudos mutualistas e secretariado geral, passou a não ter qualquer pelouro distribuído, soube o Jornal Económico.

O Público de hoje trazia em manchete a notícia de que estaria a ser preparar uma lista única contra Tomás Correia na liderança da Associação Mutualista Montepio Geral, cujas eleições são em dezembro.

Segundo o diário a lista alternativa a Tomás Correia, emana da administração executiva da Associação e é liderada por Miguel Coelho (economista e quadro do Montepio e vice-presidente do Instituto da Segurança Social nomeado pelo Governo anterior do PSD/CDS) e Fernando Ribeiro Mendes (economista e ex-secretário de Estado da Segurança Social e da Indústria, Comércio e Serviços de governos do PS).

Miguel Coelho, por sua vez, questionado sobre a notícia do Público, disse  que não ia fazer comentários à notícia. “Não vou fazer comentários sobre assuntos relacionados com a Associação Mutualista”, disse quando confrontado se podia confirmar a notícia (ou se a desmentia).

Miguel Coelho foi o único que votou o aumento de capital da Caixa Económica de 250 milhões, e contra a OPA lançada às unidades de participação do Montepio. Ribeiro Mendes votou a favor.

 

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