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Aeroporto de Heathrow pede a Boris Johnson para acabar com quarentena

A solução seria mitigar o isolamento obrigatório de 14 dias para países que não estão na lista verde do governo, se apresentarem resultados negativos, segundo o presidente do aeroporto.
  • Aeroporto de Heathrow, Londres
29 Julho 2020, 15h30

John Holland-Kaye, presidente-executivo do aeroporto de Londres Heathrow, pediu ao governo britânico que substitua a quarentena obrigatória para por um sistema de testes à Covid-19 para as pessoas que chegam ao país, segundo o portal “La Vanguardia”.

O pedido surge na sequência do principal aeroporto britânico ter informado que já registou perdas de 1,1 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano. Holland-Kaye, em entrevista à “BBC” avisa que os resultados financeiros de Heathrow devem servir de “alerta” para introduzir um sistema de testes aos viajantes, ao invés da quarentena obrigatória de 14 dias imposta pelo governo de Boris Johnson.

A solução, de acordo com essa fonte, seria mitigar o isolamento obrigatório de 14 dias para países que não estão na lista verde do governo, se apresentarem resultados negativos. “Testar viajantes é uma maneira de nos abrirmos às viagens e voltar-mos a negociar para alguns dos maiores mercados e empresas do Reino Unido que atualmente ainda estão fechados”, disse Holland-Kaye.

O executivo de Boris Johnson anunciou esta semana que existem países que poderiam sair da lista verde se houver sinais de uma segunda onda de Covid-19 na Europa, embora recomendando não viajar, por exemplo, para a península ibérica. A inclusão de Portugal na lista negra de países para os quais os britânicos são desaconselhados a viajar, tem gerado várias críticas das autoridades portugueses que afirmam ser injusto tendo em conta os números em Portugal respetivos ao Covid-19.

Operadoras como Jet2 e a TUI também anunciaram o cancelamento dos seus pacotes de férias para as próximas semanas, enquanto Heathrow explicou que o número de passageiros no aeroporto diminuiu 96% entre abril e junho em comparação ao ano passado.

No entanto, em declarações à BBC, o secretário de Estado da Cultura e Desporto, Oliver Dowden, explicou que atualmente “não existe alternativa viável à quarentena de 14 dias”. Dowden acrescentou que “se pudéssemos, de alguma forma, evitar impor uma quarentena de 14 dias, é claro que o faríamos, mas não estamos num momento em que existe uma alternativa viável”.

Sobre as pessoas que planeiam organizar as suas férias nessas circunstâncias, Dowden disse que podem, mas devem estar cientes do risco de ficarem em quarentena.

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