Ainda o primeiro-ministro não pisou o solo madeirense e já a sua viagem se revela bastante turbulenta. Desta vez, está em causa a intenção de António Costa utilizar as instalações do Representante da República para se reunir com o presidente do Governo Regional. A escolha é considerada ofensiva e provocatória. Miguel Albuquerque garante que “jamais reunirá no Palácio de São Lourenço”.
Depois do PS, pela voz do deputado Carlos Pereira, ter anunciado via Facebook, na semana passada, a vinda de António Costa à Madeira a convite da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) para participar nas comemorações do ‘Dia do Empresário’ antes mesmo do primeiro-ministro ter informado a Câmara de Comércio, a ‘falta de cortesia’ estende-se agora ao Governo Regional. Pelo menos, assim o entende Miguel Albuquerque.
“O tempo dos governadores civis já acabou. Há 42 anos que a Madeira tem órgãos de governo próprio e Autonomia política. É fundamental perceber que essa Autonomia consta da Constituição e do Estatuto”, criticou, esta segunda-feira, em declarações proferidas à margem da cerimónia de assinatura de protocolos com oito cooperativas e associações de criadores de gado.
Miguel Albuquerque avisa que o Governo da Madeira “jamais se reunirá no Palácio de São Lourenço” e sugeriu ao gabinete de António Costa que o encontro marcado para segunda-feira decorra na sede do Executivo, na Quinta Vigia, “como deve ser” ou noutro local que não seja o espaço onde está instalado o Gabinete do Ministro da República.
“É uma questão de princípio e daqui não saímos”, avisa o presidente do Governo Regional.
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