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Albuquerque recusa reunir-se com Costa no Palácio de São Lourenço

Encontro nas instalações do Representante da República é considerado ofensivo e provocatório. Governo da Madeira sugere Quinta Vigia como uma das alternativas para a reunião.
15 Maio 2018, 13h24

Ainda o primeiro-ministro não pisou o solo madeirense e já a sua viagem se revela bastante turbulenta. Desta vez, está em causa a intenção de António Costa utilizar as instalações do Representante da República para se reunir com o presidente do Governo Regional. A escolha é considerada ofensiva e provocatória. Miguel Albuquerque garante que  “jamais reunirá no Palácio de São Lourenço”.

Depois do PS, pela voz do deputado Carlos Pereira, ter anunciado via Facebook, na semana passada, a vinda de António Costa à Madeira a convite da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF)  para participar nas comemorações do ‘Dia do Empresário’ antes mesmo do primeiro-ministro ter informado a Câmara de Comércio, a ‘falta de cortesia’ estende-se agora ao Governo Regional. Pelo menos, assim o entende Miguel Albuquerque.

“O tempo dos governadores civis já acabou. Há 42 anos que a Madeira tem órgãos de governo próprio e Autonomia política. É fundamental perceber que essa Autonomia consta da Constituição e do Estatuto”, criticou, esta segunda-feira,  em declarações  proferidas à margem da cerimónia de assinatura de protocolos com oito cooperativas e associações de criadores de gado.

Miguel Albuquerque avisa que  o Governo da Madeira  “jamais se reunirá no Palácio de São Lourenço” e sugeriu ao gabinete de António Costa que o encontro marcado para segunda-feira decorra na sede do Executivo, na Quinta Vigia, “como deve ser” ou noutro local que não seja o espaço onde está instalado o Gabinete do Ministro da República.

“É uma questão de princípio e daqui não saímos”, avisa o presidente do Governo Regional.

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