Janeiro de 2017 foi um mês de liderança para Angola na produção de petróleo em África. Segundo o último relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o país atingiu uma produção diária de 1,651 milhões de barris de crude, mesmo depois dos cortes na produção definido pela OPEP terem entrado em vigor a 1 de janeiro.
Face a dezembro, a produção de crude em janeiro registou uma quebra de 23,2 mil barris por dia. Ainda assim, Angola ficou à frente da Nigéria enquanto maior produtor africano. A maior concorrente ao país até viu a sua produção aumentar em 101,8 mil barris por dia, atingindo os 1,576 milhões de barris diários, mas voltou a ficar atrás do registo angolano, condicionada com os constantes ataques terroristas e instabilidade política interna.
O acordo alcançado entre os países produtores de petróleo, para reduzir a produção e fazer aumentar os preços do crude, obrigou Angola a cortar 78 mil barris de crude por dia, para um limite de 1,673 milhões de barris diários.
Desde o final de 2014 que Angola enfrenta uma profunda crise económica e financeira, devido às avultadas perdas nas receitas vindas da exploração do petróleo. Em menos de dois anos, o país africano viu o preço médio do barril recuar de 100 dólares para 36 dólares, segundo dados do Ministério das Finanças.
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