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Austrália regista segundo caso de coágulos sanguíneos com vacina da AstraZeneca

Depois dos casos raros de problemas com o fármaco da AstraZeneca, a Austrália desistiu da sua meta de vacinar toda a sua população de quase 26 milhões até o final do ano.
13 Abril 2021, 16h55

A Austrália revelou, esta terça-feira, que uma segunda pessoa no país foi diagnosticada com um coágulo sanguíneo depois de ter recebido a vacina da AstraZeneca, segundo a “Reuters”.

Apesar do surgimento de mais uma pessoa com coágulo sanguíneo, as autoridades de saúde australianos dizem que a campanha de imunização não tem sido afetada, sendo que as pessoas não estão a desistir de receber a vacina.

Esta semana, a Austrália abandonou a meta de vacinar toda a sua população de quase 26 milhões até o final do ano, depois de o regulador de medicamentos da Europa ter aberto a possibilidade para a existência de uma relação entre os casos raros de coágulos sanguíneos e a vacina da AstraZeneca.

Esta possibilidade levou as autoridades de saúde australianas a recomendar que as pessoas com menos de 50 anos recebessem a vacina da Pfizer em alternativa à da AstraZeneca, alterando o plano de vacinação.

“Tínhamos previsto uma queda potencialmente significativa (nos números de vacinação, mas isso é), não o que vimos neste estágio”, referiu o ministro da Saúde, Greg Hunt.

A campanha de imunização da Austrália dependia em grande parte da vacina AstraZeneca, que planeava fabricar 50 milhões de doses no país. A mudança de política motivou o pedido para que se duplicasse um pedido anterior da Pfizer para 40 milhões de vacinas.

A AstraZeneca tem vindo a levantar muitas dúvidas quanto aos possíveis efeitos secundários, mas não é a única, sendo que foram associados casos de coágulos sanguíneos também à vacina da Johnson & Johnson.

As novidades sobre a Johnson & Johnson fizeram com que a Austrália recuasse na sua aquisição por se querer afastar de vacinas que estão a ser revistas pela agência europeia do medicamento.

As vacinas contra a Covid-19 da Johnson & Johnson e AstraZeneca usam um adenovírus, uma classe inofensiva de vírus, para introduzir proteínas do coronavírus nas células do corpo e desencadear uma resposta imunológica.

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