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Bagão Félix considera que aumento de 10 euros nas pensões é uma medida eleitoralista

O antigo governante concordou com os aumentos dos vecniementos na função pública, inscrito no Orçamento do Estado de 2019. E embora tenha considerado que haja medidas eleitoralistas, disse que não se pode chamar a um orçamento como o de 2019 de eleitoralista.
15 Outubro 2018, 10h20

O antigo ministro das Finanças e da Segurança Social e do Trabalho, nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, respetivamente, considerou o aumento em dez euros nas pensões uma medida eleitoralista, para o Orçamento do Estado 2019 (OE2019), numa entrevista à “Antena 1” e “Jornal de Negócios”. “É uma medida que me parece, claramente, eleitoralista”, Bagão Félix.

Para o antigo governante, embora aumentos idênticos nas pensões, tenham sidio feitos “em anos anteriores”, esta é uma medida “que não pode ser feita sempre,  porque os 200 milhões [de euros] mais 200 milhões [de euros] são 400 milhões [de euros]. E esses 400 milhões nunca mais desaparecem.

Questionado sobre se a medida pode tornar a Segurança Social susceptível no futuro, Bagão Félix disse: “Neste momento, não tem problema porque, em virtude do aumento do emprego, em virtude do aumento de remunerações, as contribuições para a segurança social estão a crescer 4,9% – acima do PIB nominal – , o que dá uma certa folga a curto prazo. Agora, não podemos é comprometer dois ou três anos, mais folgados ou menos apertados, de uma situação a longo prazo”.

Na mesma entrevista, Bagão Félix concordou com os aumentos dos vencimentos na função pública, inscrito no OE2019, embora tenha alertado que não se pode é ter mais funcionários e ainda assim fazer os mesmos aumentos.

O professor catedrático da Universidade Lusíada de Lisboa lembrou também que todos os orçamentos em ano de eleições tem uma tendência eleitoralista, mas considerou que não faz sentido qualificar um orçamento como o de 2019, com contas públicas equilibradas.

Bagão Félix falou ainda de Mário Centeno, considerando que este ano o ministro das Finanças está numa situação diferente porque também é presidente do Eurogrupo e por isso não poderá abdicar de dar o exemplo.

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