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Bolsa de Lisboa segue Europa a ‘vermelho’. Petróleo cai para mínimos de 2017

A bolsa de Milão está a escapar ao pessimismo e está em linha d’água com uma valorização de 0,27%.
23 Novembro 2018, 13h51

A bolsa portuguesa negoceia em terreno negativo por volta das 13:30 desta sexta-feira, dia 23 de novembro. O principal índice português, PSI 20, recua 0,32%, para 4.803,38 pontos. A penalizar a praça lisboeta estão sobretudo as empresas da pasta e do papel, que perdem mais de 3%. A Navigator tomba 3,50% e a Altri 3,38%. A Semapa desliza 0,14%.

A F.Ramada sobressai com uma subida de 1,73%. Já às 09:30-10:00 os títulos desta empresa lideravam os ganhos, com a notícia de que iria pagar dividendos extraordinários. “E mostrando, assim, que o negócio está a correr bem. Consegue, desta forma, alertar os investidores para entrarem nas acções da empresa levando esta a reagir em alta”, refere Carla Maia Santos, senior broker da XTB.  A ‘verde’, em contraciclo, estão ainda as ações: da Sonae (+0,18%), dos CTT (+0,78%), da Corticeira Amorim (+1,32%) e da EDP (+0,20%).

Para os analistas do Bankinter, o dia não será marcado por “grandes catalisadores”. “Uma tímida caída não impedirá ‘dar graças’ a um ano verdadeiramente positivo para as bolsas. Neste contexto de indefinição, as obrigações continuarão suportadas e o euro acima de 1,18 dólares caso se mantenha a expectativa de que o SPD possa negociar uma coligação na Alemanha que evite novas eleições”, referem, numa nota de mercado divulgada esta manhã.

Na Europa, o sentimento é igualmente de desânimo, na sequência de os mercados asiáticos terem fechado em baixa e ainda a reagir a um dia de suspensão dos norte-americanos (“Thanksgiving“). A bolsa de Milão está a escapar ao pessimismo e está em linha d’água com uma valorização de 0,27%.

“A descida dos juros soberanos de Itália está a impulsionar a banca italiana e a transmitir confiança aos mercados. Notas de mercado dão conta que o primeiro-ministro italiano vai pedir à União Europeia para adiar a abertura do procedimento por défice excessivo”, explicou Ramiro Loureiro. O trader do Millennium bcp afirma que esta situação “acaba por ofuscar a sinalização de um abrandamento do ritmo de crescimento industrial e terciário na zona euro, bem como a confirmação de que a economia alemã contraiu 0,2% em cadeia no terceiro trimestre [a primeira variação negativa desde o primeiro trimestre de 2015]”.

O petróleo atingiu mínimos de novembro de 2017, cotando-se nos 60,29 dólares às 10:35 em Lisboa, o que corresponde a menos 2,4% do que na abertura (61,78 dólares). Nos últimos dias, o preço do barril recuou perante o receio de que uma desaceleração da economia global diminuísse a procura, numa altura em que os países exportadores estão a aumentar a produção. Neste momento, a cotação do barril de Brent tomba 5,05%, para 59,47 dólares, enquanto a cotação do crude WTI resvala 7,2%, para 50,67 dólares por barril.

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai avaliar na próxima reunião a possibilidade de reduzir a produção conjunta em cerca de 1,4 milhões de barris diários para evitar um excesso de oferta similar ao de 2014. As inquietações face ao aumento da produção surgiram depois dos Estados Unidos terem isentado oito países das sanções que impedem a compra de petróleo ao Irão, tendo assim reduzido o impacto do castigo de Washington sobre Teerão.

Quanto ao mercado cambial, nota para a depreciação de 0,50% do euro face ao dólar (1,1345) e a desvalorização de 0,43% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2822). Com Lusa

Notícia atualizada às 14h37

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