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Bolsa portuguesa em queda segue Europa. BCP e papeleiras penalizam PSI 20

Entre as principais praças europeias, os investidores acompanham os desenvolvimentos da guerra comercial entres a China e os Estados Unidos.
9 Agosto 2019, 08h42

O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,13%, para 4.921,04 pontos, em linha com as principais praças europeias esta sexta-feira, 9 de agosto. Em Lisboa, nove empresas cotadas desvalorizam, cinco negoceiam em alta e quatro seguem alteradas.

Os investidores comportam-se em linha com o “atual contexto de pressão nas yields soberanas a nível global, incluindo em Portugal”, apontam os analista do BPI. “O mercado de dívida continua na ordem do dia”, estando hoje prevista, após o fecho do mercado, uma possível revisão do rating de Portugal pela Moody’s, sendo que alguns analistas prevêem que a agência de notação de dívida financeira melhore a perspetiva da dívida portuguesa, “antecipando que o outlook passe de estável para positivo e o rating melhore de Baa3 para Baaa2”.

A bolsa nacional é pressionado pelas quedas do setor das papeleiras, com Altri (-0,53%), Navigator (-0,48%) e Semapa (-0,17%) a registarem desvalorizações. Destaque para a Navigator que informou o mercado da aquisição de 550 mil ações próprias, o que representa 0,75% do seu captial social. A Navigator detém agora 5,4 milhões de títulos.

Os títulos do BCP (-1,55%), Corticeira Amorim (-0,76%), Sonae (-0,55%) e CTT (-0,16) também penalizam o PSI 20.

Em contraciclo, os investidores seguem a Mota-Engil que valoriza 1,32%, para 1,76 euros, mas é insuficiente para inverter a tendência da praça.

Na quinta-feira, a Mota-Engil deu a conhecer indicadores económico e financeiros relativos ao primeiro semestre do ano: o volume de negócios deverá ter aumentado cerca 7,50%, face ao período homólogo de 2018, atingindo os 1.340 milhões de euros. O EBITDA deverá ter crescido cerca de 10%, para 194 milhões, com uma margem de 14,4%.

Ontem, a Mota-Engil também divulgou ter ganho contratos no valor total de 175 milhões em Portugal no primeiro semestre. Fora do país, a Mota-Engil anunciou, ainda, ter firmado um contrato de 178 milhões de dólares (aproximadamente 159 milhões de euros) para a extensão de 2,2 quilómetros da Linha 1 do metro da cidade do Panamá, a executar em 33 meses. A empreitada foi alcançada através de um consórcio liderado pela OHL. A OHL tem uma participação de 51%, enquanto os restantes 49% estão nas mãos da construtora nacional, de acordo com o que foi comunicado ao mercado.

Entre as principais praças europeias, os investidores acompanham os desenvolvimentos da guerra comercial entres a China e os Estados Unidos. “O Banco Popular da China voltou a fixar um novo câmbio oficial face ao dólar nos 7.0136 yuan”, segundo o diário da bolsa do BPI.

Também a situação política em Itália poderá condicionar os investidores. A instabilidade governativa em Roma levou o ministro do Interior, Matteo Salvini, a aumentar a pressão sobre o presidente da República para a marcação de eleições antecipadas.

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