O fundador e antigo presidente do Aliança, Pedro Santana Lopes, pediu este domingo a desfiliação do partido que ajudou a fundar em 2018, dizendo que “chegou o momento” de sair. O antigo primeiro-ministro pediu desculpas aos militantes do Aliança por “não ter conseguido melhores resultados” e referiu que o partido só poderá continuar a existir sem si, por ser identificado “pela generalidade dos portugueses” com o PSD.
A comissão executiva do Aliança refere, em comunicado enviado às redações, que tomou “conhecimento no domingo à noite do pedido de desfiliação do militante e fundador do partido, Pedro Santana Lopes”. O ex-líder do PSD terá enviado uma carta ao presidente do Aliança, Paulo Bento, dizendo que “‘chegou o momento’ da desfiliação, sublinhando que ‘é um momento de uma intensidade emocional grande'”.
Na carta, citada pela comissão executiva do Aliança, Pedro Santana Lopes afirma que deu “tudo aquilo de que era capaz” e pede “desculpa por não ter conseguido melhores resultados”. “O futuro da Aliança só poderá existir sem mim. E é assim por várias razões, sendo a principal a identificação que a generalidade dos portugueses faz de mim”, escreveu na missiva, referindo-se à sua ligação ao PSD, que chegou a liderar.
“No momento em que deixa o partido que fundou, Pedro Santana Lopes recorda que ‘um partido não é de ninguém, é dos seus militantes’ e para eles endereça um abraço de ‘reconhecimento e orgulho por termos lutado juntos por Portugal'”, lê-se ainda no comunicado.
Em agosto, Pedro Santana Lopes anunciou que iria deixar as funções de presidente do Aliança, não se recandidatando no congresso que decorreu em setembro. Em setembro, o antigo da câmara de Torres Vedras Paulo Bento substituiu Santana Lopes à frente do partido. Recentemente, em dezembro, o presidente do PSD, Rui Rio, jantou com Pedro Santana Lopes, mas Rui Rio afastou qualquer “intenção política”.
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