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Compreender o metabolismo das cidades para tomar a melhor decisão

Carlos Lobo, da EY, refere que é preciso decidir qual é o momento certo para fazer determinado projeto e analisar as implicações que existem ao nível sistémico. Para David Xavier, da presidência do conselho de ministros, a informação é fundamental para criar cenários de desenvolvimento.
14 Novembro 2017, 17h42

A terceira sessão de aceleração da Ernst & Young (EY) Portugal, no âmbito da 2ª edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions, teve em cima da mesa a seguinte pergunta: “Infra-estruturas inteligentes – cidades inteligentes?”. “A ideia foi precisamente efetuar o desenvolvimento daquilo que nós denominamos o ecossistema smart, que é na prática a interligação entre os principais gestores das infra-estruturas públicas (eletricidade, telecomunicações, comunicações viárias e águas) com um modelo organizacional da administração pública tendo em vista a criação de um ambiente inteligente”, explicou Carlos Lobo da EY.

Ou seja, trata-se de decidir qual é o momento certo para fazer determinado projeto e analisar as implicações que existem ao nível sistémico. Isto exige modelos de planeamento territorial, tendo como base toda a informação que está disponível, e arranjar todo um modelo de gestão de dados que possa possibilitar uma gestão mais eficiente no futuro.

Pela mesa de trabalho passaram diversos mapas dinâmicos de cidades europeias, onde os participantes utilizaram temas como “metabolismo” ou “acupuntura”. Só percebendo como é que as cidades pulsam, como é que as pessoas se deslocam e quais são os fluxos de mercadorias ou de energia é possível tomar a melhor decisão de gestão urbana. “Tirarmos fotografias e tornarmos a cidade como abstrata gera decisões ineficientes. É preciso vê-la como um organismo vivo e geri-la de forma eficiente”, acrescentou Carlos Lobo.

Liderada pelo champion David Xavier, secretário-geral da presidência do conselho de ministros, a sessão debateu também como as infra-estruturas podem ajudar a tomar decisões para se fazerem interligações entre as várias organizações, quer do Estado, quer privadas. “Com a informação que temos podemos criar cenários de desenvolvimento: onde colocar um hospital, onde colocar um centro público ou até criar mais rede de telemóvel ou de energia elétrica”, afirmou.

Sobre a relação entre as entidades públicas e privadas, Diogo Xavier diz que “com o processo colaborativo podem ganhar muito mais do que perder. Em conjunto vamos ser mais racionais e eficientes e tornar o país mais desenvolvido”.

A 2ª edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions, promovida pela EY Portugal para debater a transformação digital, acontece entre os dias 17 de outubro e 12 de dezembro. Por entre as conferências setoriais – Turismo, Saúde, Administração Pública, Telecomunicações, Media e Tecnologias da Informação, Banca e Seguros, Energia, Indústria e Final – decorrem sessões de aceleração para discutir os desafios da mudança digital em áreas como communities & sharing, cybersecurity, costumer, lifestyle, competitiveness e talent. O Jornal Económico está a acompanhar em exclusivo os seis encontros.

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