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Costa sobre o acordo para o Brexit: “Espero que ao quarto acordo seja de vez”

“Espero que o acordo seja aprovado logo”, disse o primeiro-ministro português à entrada para o Conselho Europeu, onde o acordo terá de ser aprovado pelos 27 estados-membros da União Europeia.
  • Stephanie Lecocq/EPA via Lusa
17 Outubro 2019, 11h48

António Costa congratulou-se com o acordo alcançado entre Londres e Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia.

“É ótimo. A grande prioridade que tínhamos era evitar uma saída sem acordo. Espero que o acordo seja aprovado na UE mas também no Parlamento britânico. Espero que seja aprovado logo”, afirmou o primeiro-ministro esta quinta-feira em Bruxelas.

“Chegamos a um acordo com Cameron, a um acordo com May, houve um aditamento ao acordo que também não foi aprovado. Espero que a quarta seja de vez”, disse, à entrada para o Conselho Europeu.

Defendeu assim que, quando o acordo for aprovado, é preciso trabalhar na “relação futura com o Reino Unido, nosso vizinho, nosso parceiro económico. Estamos muito empenhados”, afirmou, relembrando que Portugal e Inglaterra têm a “mais antiga aliança mundial”.

Sublinhou que era importante no acordo “manter a integridade do mercado interno, manter a integridade do Reino Unido, do acordo de sexta-feira santa entre a Irlanda e a Irlanda do Norte. Está tudo assegurado”, garantiu.

Por sua vez, o presidente da Comissão Europeia considerou que o acordo alcançado é um “compromisso justo entre o Reino Unido e a Comissão Europeia. É um testamento ao compromisso e vontade de ambos os lados fazerem o que é melhor para os cidadãos do Reino Unido e da Comissão Europeia”.

“Agora temos um novo Protocolo que protege a paz e a estabilidade na ilha da Irlanda e que protege totalmente o mercado comum. Espero que possamos avançar e dar aos nossos cidadãos e negócios as certezas que merecem”, disse Jean-Claude Juncker.

Já o negociador pela Comissão Europeia destacou as “discussões difíceis nos últimos dias. Conseguimos encontrar soluções que integralmente respeitam a integridade do mercado único. Criámos uma nova solução operacional e legal para evitar uma fronteira “dura” e proteger a paz e estabilidade na ilha da Irlanda. É uma solução que funciona para a União Europeia, Reino Unido e as pessoas e negócios na Irlanda do Norte”, segundo Michel Barnier.

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