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Covid-19. Quem era Diego Bianco, o paramédico que morreu a salvar vidas?

Além de paramédico, Bianco era o responsável por gerir as chamadas que caíam no serviço de emergência do Hospital Papa Giovanni XXIII, em Bergamo.
18 Março 2020, 07h27

A história do paramédico italiano, que se tornou no rosto da luta contra o novo coronavírus, está a comover Itália. Diego Bianco era um paramédico e operador da linha de saúde e encontrava-se na linha da frente da pandemia que está a assolar o mundo, sendo até à data uma das vítimas mortais mais novas de Itália.

A morte de Diego Bianco sacudiu Itália não só por ser um dos mais jovens a morrer, ou por deixar um filho de oito anos e uma mulher, mas por ter morrido apenas quatro dias depois de contrair o novo coronavírus e depois de ter ajudado centenas de pessoas infetadas.

Seguindo a paixão e o compromisso em ajudar o próprio que a profissão exige, Bianco começou a sentir alguns sintomas no passado dia 11 de março, tendo registado 39 graus de febre nesse mesmo dia. Juntamente com oito operadores da linha de emergência, seis enfermeiros e quatro médicos, Diego Bianco foi enviado para casa com um teste positivo, embora apresentar a patologia. A estação de trabalho deste serviço foi isolada e desinfetada, com diversos trabalhadores enviados para casa.

Além de paramédico, Bianco era o responsável por gerir as chamadas que caíam no serviço de emergência do Hospital Papa Giovanni XXIII, em Bergamo. O operador do serviço italiano confessou aos colegas que sentia de tinha sido “atropelado por um camião”, demonstrando já sintomas de Covid-19.

Na noite em que morreu, Diego Bianco disse à mulher que só precisava “de encontrar uma posição confortável para dormir”, mas mais tarde foi a própria esposa, voluntária na Cruz Vermelha, que o encontrou já em crise respiratória muito grave e, embora tenha praticado manobras de ressuscitação, estas não foram suficientes e Diego Bianco morreu do vírus, sendo a febre e dores musculares os únicos sintomas.

Pelos colegas, o paramédico é lembrado como um trabalhador esforçado, com uma personalidade calma e calmo sob pressão, além de ser um colega disposto a ajudar. “Ele estava sempre calmo, mesmo em emergências”, relembra Oliviero Valoti, colega de equipa.

Itália conta com 31.506 casos confirmados e 2.503 vítimas mortais por coronavírus, 2.941 pessoas recuperadas e 2.060 estão internadas nos cuidados intensivos.

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