No dia 17 de dezembro de 2017, o preço de uma Bitcoin alcançou máximos históricos para os 19,783.06 dólares, cerca de 16,810.75 euros. Volvidos seis meses, o preço unitário da mais famosa criptomoeda baixou 62% para 7,500 dólares (cerca de 6,400 euros).
Num artigo publicado pelo Financial Times na sexta-feira, dia 8 de junho, as razões da volatilidade da Bitcoin são várias, mas obedecem a uma lógica de um mercado especulativo e irracional, pode ler-se.
Estima-se que houve uma transferência de riqueza na ordem dos 30 mil milhões de dólares (25,5 mil milhões de euros) entre investidores (de longo prazo) e especuladores, explica Philip Gradwell, CEO da Chainalysis, empresa norte-americana especializada em blockchain. Metade deste valor foi transferido em dezembro e preço da Bitcoin disparou.
Hoje, volvidos seis meses desde dezembro último, o volume de transacção de Bitcoins caiu 75%, para mil milhões de dólares por dia, contribuindo para a desvalorização da criptomoeda.
Isto porque a Bitcoin ainda é uma fonte de desconfiança por parte de operadores do mercado. Segundo uma publicação da Morgan Stanley, “apenas 4 das 500 maiores empresas de e-commerce norte-americanas aceitam Bitcoins”, revela o FT. Assim, são poucos os consideram a Bitcoin como uma fonte geradora de valor sustentado.
O preço da Bitcoin manter-se-á, ao que tudo indica, longe dos registos de dezembro de 2017. De acordo com Preston Byrne, advogado citado no artigo, a especulação será a maior causa de flutuações do preço deste tipo de ativos digitais enquanto este não forem adoptados por agentes comerciais ou instituições de forma generalizada.
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