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Depois de quase desaparecerem, ostras do Sado estão em recuperação

Um estudo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas mostrou que a recuperação da espécie, que tinha sido afetada pela poluição e excessiva exploração no final do século passado.
23 Novembro 2017, 16h18

Os bancos naturais de ostra portuguesa do estuário do Sado têm recuperado nos últimos anos, depois de quase terem desaparecido devido ao aumento da poluição nas águas do rio. De elevada importância comercial até ao final dos anos 70 do século passado, as ostras do Sado sofreram com o surgimento de patologias graves nas populações e à excessiva exploração do recurso.

No entanto, nos últimos anos as populações naturais voltaram a expandir-se, de acordo com o estudo científico CRASSOSADO, realizado até agosto pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com o patrocínio da empresa Navigator.

“Esta fase do estudo deu um especial destaque à determinação de ameaças e oportunidades para a exploração da ostra portuguesa e incluiu a realização de inquéritos aos ostreicultores do estuário do Sado”, explicou em comunicado a diretora do departamento de Conservação da Natureza e das Florestas de Lisboa e Vale do Tejo do ICNF, Maria de Jesus Fernandes.

“O nosso intuito é o de contribuir para conciliar a rentabilidade da atividade com a gestão sustentável deste importante recurso natural”, disse.

No estudo, foi feito um levantamento dos bancos de ostra no estuário do Sado com amostragens no Esteiro da Marateca e na zona da Carrasqueira. Os espécimes encontrados nestas localizações apresentaram-se em bom estado, com indícios de recrutamento e crescimento recente, o que confirmou aos investigadores que os povoamentos têm vindo a recuperar a área de distribuição inicial.

José Ataíde, diretor de Sustentabilidade da Navigator acrescentou que a colaboração enquadra-se “na estratégia de sustentabilidade da empresa refletida no compromisso em desenvolver as comunidades envolventes, respeitando os valores naturais das regiões onde se situam as suas unidades industriais, e contribuir de forma decisiva para a economia nacional”.

 

 

 

 

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