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Fernando Medina: “Devem ser estudados os instrumentos para que possamos não recuar ou recuar o menos possível”

“Devia ser adaptada a matriz de risco. Deve ponderar o nível de vacinação a cada momento, reiterou esta quarta-feira o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
23 Junho 2021, 17h32

O aumento dos casos de Covid-19 em Portugal nos últimos dois dias, mais 964 nas últimas 24 horas só na zona da capital, levaram Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), a comentar a possível necessidade de voltar a travar algumas atividades económicas. O presidente da CML considera que, devido ao avanço do plano de vacinação, “deve ser adaptada a matriz de risco”.

“Acho que devem ser claramente avaliadas as medidas nesta fase. É preciso avaliar bem a sua eficácia. Já defendi que deve ser adaptada a matriz de risco, deve-se ponderar a vacinação a cada momento, porque aplicar a mesma grelha pode trazer os mesmo prejuízos e não trazer os mesmos benefícios do passado”, explicou Fernando Medina.

Este mês o autarca já tinha tomado a decisão de não permitir a realização dos arraiais dos Santos Populares apesar de ter afirmado que foi uma decisão que “nenhum presidente de câmara gostaria de tomar”. Fernando Medina referiu que “numa cidade com a dimensão de Lisboa tudo exige um alto grau de sensibilização e responsabilização individual”.

Perante o aumento do número de casos de infeção por Covid-19, com especial incidência em Lisboa, o autarca considera que “a evolução da pandemia está a seguir um padrão semelhante quando Portugal foi atingido com a estirpe inglesa”. “Significa que estamos a ter possivelmente um fenómeno que, ao contrário da primeira e segunda vaga da pandemia, vem de Inglaterra para Portugal e a partir daqui progride”, defende.

Questionado sobre a necessidade de uma cerca sanitária na região de Lisboa, Fernando Medina defende que “não podemos fazer a cópia do que fizemos no passado”, acrescentando que no último pico da pandemia “não tínhamos as vacinas”. “Queremos que a vacinação avance mais rapidamente”, garante.

“Acho que devem ser avaliados e estudados quais os instrumentos para que possamos não recuar ou recuar o menos possível do ponto de vista do funcionamento da economia. Até porque nós temos um historial em que sabemos bem como estas medidas de ajustamento diário, de dia e de horas, têm um efeito dificilmente mensurável ou porventura uma eficácia que não é tão evidente que justifiquem”, sublinha o autarca lisboeta.

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