[weglot_switcher]

Fernando Pinto acredita na “negociação até onde for preciso” para travar a greve

O antigo CEO da TAP garante que “existe abertura para continuar a negociação até onde for preciso” com o sindicato dos tripulantes de cabina (SNPVAC), no sentido de desmarcar a greve convocada para 9, 10 e 11 de fevereiro.
  • Cristina Bernardo
31 Janeiro 2018, 19h44

Fernando Pinto, que hoje cessou as suas funções de CEO da TAP ao fim de 17 anos, está confiante no desfecho positivo das negociações que estão a decorrer há vários dias entre a comissão executiva da companhia aérea nacional e a direção do SNPVAC – Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e da Aviação Civil, no sentido de travar a greve que o sindicato dos tripulantes de cabina convocou para o próximos dias 9, 10 e 11 de fevereiro, período de férias de Carnaval.

“Existe abertura para continuar a negociação até onde for preciso. Tem sido um diálogo bastante aberto. O processo está bem conduzido. A TAP corrigiu o que tem de ser corrigido, abrindo mais o caminho do diálogo”, resumiu Fernando Pinto no final da assembleia geral da TAP, que decorreu hoje, quarta-feira, dia 31 de janeiro.

O ex-CEO da TAP, que assume agora as funções de assessor do seu sucessor no cargo, Antonoaldo Neves, revelou ainda que “os resultados de 2017 devem ser os melhores da empresa, talvez do próprio grupo”, emnbora aestes ainda não sejam publicamente conhecidos.

“A empresa está preparada para 2018, para atingir um 2018 muito bom. A empresa em 2017 esteve muito bem. Temos 2018, que apesar dos compromissos muito altos, com um período de tesouraria crítico por causa dos novos aviões, penso que vai ser bom”, acredita.

Em jeito de balanço à sua liderança de quase duas décadas na TAP, Fernando Pinto confessou: “Missão cumprida. Estou muito satisfeito. Estamos numa nova vida, sabendo que a empresa [TAP] está no caminho certo, com as pessoas certas. O mais importante na TAP foi entrar na fase de privatização, conseguir fazer a privatização e fazer depois o período de transição”.

Sobre a sua sucessão, Fernando Pinto disse que surgiu o nome do Antonoaldo Neves. “Pedi-lhe ajuda nestes últimos dois anos, mas principalmente nestes últimos seis meses, em que trabalhou no dia-a-dia com bastante afinco, muita energia, muito conhecimento e muito bom senso”, assegurou o anterior CEO da TAP.

“Está na minha hora, tenho 68 anos. Está na hora de sair. Estou muito satisfeito. Agora, vou acompanhar”, concluiu Fernando Pinto.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.