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Funchal: PSD/CDS-PP critica Coligação Confiança por criar “cortinas de fumo” para disfarçar dissidências e divergências internas

Em causa está a constituição do executivo para a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
20 Outubro 2021, 07h56

A coligação Funchal Sempre à Frente, constituída por PSD/CDS-PP, acusou a Coligação Confiança de ser incapaz de assegurar o voto dos membros que foram eleitos nas suas próprias listas, e que devido a isso tente criar “cortinas de fumo” para disfarçar dissidências e divergências  internas.

Em causa, refere o Funchal Sempre à Frente, está a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que foi vencida pela Coligação Confiança, sendo a única Junta de freguesia do Funchal que não é governada pelo PSD/CDS-PP.

O PSD/CDS-PP sublinha que as eleições determinaram que na Assembleia de Freguesia de Santa Maria Maior, a Coligação Confiança, obtivesse sete dos 13 lugares e a Coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP) obtivesse os restantes seis lugares.

“A Coligação Funchal Sempre à Frente, como tal, não tem que viabilizar nem assegurar os compromissos e os projetos dos seus adversários e, muito menos, legitimar com o seu voto, soluções que violam a legislação, nomeadamente a lei da paridade”, sublinha a candidatura.

“Essa manifesta incapacidade em encontrar soluções dentro da coligação que encabeçou, é a prova que o Partido Socialista não merece a confiança dos Funchalenses e não tem capacidade para liderar a Junta de Freguesia, como se constata pela sucessão de trapalhadas que se verificou no ato de posse, provocadas única e exclusivamente por culpa dos próprios”, reforça o PSD/CDS-PP.

O Funchal Sempre à Frente sublinha que foi apresentada uma lista única para a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, da Coligação Confiança, que acabou por não obter a maioria dos votos, com seis votos a favor, seis contra, e um voto branco, “daqui resultando que um dos membros eleitos pela Coligação Confiança não deu o seu voto de confiança a essa lista”.

A coligação constituída por PSD/CDS-PP considera que “não deixa de ser assaz perturbador” como a Coligação Confiança, que “não sabe honrar os seus próprios compromissos e promessas aos membros da sua própria lista de candidatos, queira culpar a Coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP) do seu próprio falhanço”.

O PSD/CDS-PP refere que não fez “nenhuma chantagem”, como referiu o presidente da concelhia do PS Funchal, Gonçalo Jardim, antes tendo sido “apresentada uma proposta de acordo pela Coligação Funchal Sempre à Frente, para que se chegasse a consensos e, assim, se terminasse com a teimosia de um dos membros da própria lista da Coligação Confiança em não viabilizar a lista por esta apresentada para a Junta de Freguesia”.

O Funchal Sempre à Frente salienta que de acordo com aquilo que é público o PS apresenta uma solução de executivo para a Junta de Santa Maria Maior com o PAN, “resultado da intransigência do Bloco de Esquerda (BE) em fazer parte da equipa da junta com um determinado elemento, o que levaria ao incumprimento da Lei da Paridade”.

A coligação PSD/CDS-PP sublinha que “não vai pactuar com nenhuma ilegalidade”,  acrescentando que qualquer solução para a Junta que “não respeite a lei da paridade, mesmo que deliberada por maioria, é nula (nos casos em que a observância da lei seja praticável), uma vez que esta lei aplica-se às listas que forem apresentadas para eleição dos vogais das juntas de freguesia”.

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