[weglot_switcher]

Fundação AIP diz que instalações para a Web Summit implicam custo de 90 milhões

Jorge Rocha de Matos defende a urgente negociação de uma solução provisória para o alargamento da FIL no Parque das Nações, de forma a responder às necessidades do Web Summit. Para o presidente da Fundação AIP, só será possível construir o projeto de expansão definitivo da FIL durante um período dilatado de 10 anos. Será um investimento, faseado, de 150 milhões de euros, incomportável se for concentrado em três anos.
14 Junho 2019, 11h45

Jorge Rocha de Matos defende a urgente negociação de uma solução provisória para o alargamento da FIL no Parque das Nações, de forma a responder às necessidades do Web Summit. Para o presidente da Fundação AIP, só será possível construir o projeto de expansão definitivo da FIL durante um período dilatado de 10 anos. Será um investimento, faseado, de 150 milhões de euros, incomportável se for concentrado em três anos.

Em ano é que a Fundação AIP acabará de pagar a dívida bancária que constituíu para construir as atuais infraestruturas de feiras e congressos que tem em Lisboa?
Era em 2020. Mas em 2010 tivemos de renegociar financiamentos, quando percebi que íamos entrar numa espiral de crise e complicações. Mas, para não entrarmos em incumprimento, fizemos um acordo com o sindicato bancário, com moratória de capital, continuando a pagar juros, com 1% de penalização. Perguntaram-nos quando é que voltávamos a pagar capital. Disse-lhes que nunca antes de 2018. Dada a situação do país, foi o que nos pareceu adequado. Em 2014 começamos a negociar com os bancos a restruturação do capital cujo contrato acabava em 2020. Nós sabíamos que não conseguíamos pagar até 2020 e por isso estudámos o tipo de restruturação que poderíamos fazer. Em 2017 e 2018, com as sucessivas mudanças de administrações na CGD – eram umas atrás das outras –, não foi nada fácil. Acordámos que o capital que deveria acabar a amortização em 2020 fosse restruturado até 2033. As fichas técnicas foram rubricadas pelas partes e começamos a amortizar capital a partir de 1 de janeiro de 2018. Temos cumprido rigorosamente os pagamentos de capital e juros.

A atividade de congressos e feiras já recuperou a quebra dos tempos da crise?
Durante a fase da crise, a Fundação registou quebra na faturação, que passou de 38,4 milhões em 2011 – em 2012 não fizemos o consolidado –, para 18,9 milhões em 2013, mas ainda baixou para 13,8 milhões em 2014, e melhorou para 22,3 milhões em 2015, para voltar a cair para os 17,1 milhões de euros em 2016. É preciso ter em conta que nos anos impares temos eventos bianuais que implicam vendas mais elevadas. Nos anos pares, o desempenho é inferior. Em 2017 subiu para 25,98 milhões. Em 2018 estabilizou nos 25,67 milhões.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.