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“Futuro do planeta não é reciclável”. EGF quer incentivar reciclagem

De forma a melhorar a reciclagem, o presidente do Conselho de Administração revelou que a EGF vai realizar um investimento de 200 milhões de euros ao longo do atual triénio, acrescidos aos 80 milhões investidos entre 2016 e 2018.
7 Outubro 2020, 14h20

A EGF lidera uma campanha nacional, que se vai prolongar até ao próximo dia 30 de novembro, cujo objetivo transmite a necessidade dos portugueses no sentido de alterarem os seus hábitos de separação do lixo, bem com “incentivar comportamentos de reutilização e reciclagem”, explicou Ana Loureiro, diretora de comunicação da EGF.

O projeto é também co-financiado em 85% pelo POSEUR, sendo promovido pelas 11 concessionárias da EGF. No vídeo promocional da campanha surge a nova geração de portugueses e colaboradores da EGF, que apelam ao futuro do planeta.

Emídio Pinheiro, presidente do Conselho de Administração da empresa, aponta que esta “campanha é agregadora”, uma vez que “a todos diz respeito”.

De forma a melhorar a reciclagem, o presidente do Conselho de Administração revelou que a EGF vai realizar um investimento de 200 milhões de euros ao longo do atual triénio, “em cima dos 80 milhões investidos entre 2016 e 2018. Segundo Ana Loureiro, parte deste investimento irá servir para ajudar os invisuais no ato da reciclagem, colocando todos os ecopontos na mesma ordem: azul (papel/cartão), verde (vidro) e amarelo (plástico), uma vez que colocar braille nos contentores não é uma opção segura.

Presente no evento também esteve Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, que iniciou o seu discurso com a história do Gervásio, que demorou uma hora e 12 minutos a separar e reciclar os seus resíduos. No entanto, a secretária do Ministério do Ambiente apontou que os mitos dos resíduos não passam disso mesmo, tomando como exemplo a “lenda de que ao não separar estamos a dar emprego”. “A gestão de dez mil toneladas de resíduos por ano geram um emprego se forem incinerados, seis se forem para o aterro, 36 se forem para a separação e 296 se forem reutilizados”.

Inês dos Santos Costa adiantou ainda que “quando a causa é nobre, os portugueses separam”, referindo que os portugueses “juntaram, voluntariamente, as famosas tampinhas” para ajudar hospitais e bombeiros, bem como reciclaram um milhão de garrafas plásticas PET em plena Covid-19 nas 23 máquinas de recolha financiadas pelo Fundo Ambiental, apesar de terem reclamados dos baixos incentivos, uma vez que as garrafas até meio litro dão dois cêntimos e até dois litros dão cinco cêntimos.

Também alguns municípios em Portugal começaram a comunicar às suas populações que a separação dos resíduos significam menos taxas nas contas, algo verificado posteriormente nas faturas de pagamento.

“Não faltam braços no ar quando questionamos se querem mudanças, mas estes escasseiam quando questionados quem dá o primeiro passo para a mudança”, afirmou a secretária de Estado do Ambiente, acrescentando que “temos de repensar o nosso futuro porque este não é reciclável”.

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