O Governo está a ponderar a possibilidade do Estado voltar a ter uma participação acionista na REN — Redes Energéticas Nacionais, de forma a contrabalançar a posição da chinesa State Grid, que detém atualmente 25% da empresa liderada por Rodrigo Costa.
A notícia é avançada pelo ”Expresso”, que apurou também que nas ultimas semanas o Executivo começou a analisar a possibilidade de comprar a participação de um dos acionistas de referência da REN. Uma das hipóteses seria a posição da Oman Oil, que tem 12% da empresa. Contudo o preço torna-se num obstáculo.
A REN tem uma capitalização bolsista de 1,7 mil milhões de euros, o que avalia uma potencial aquisição daquela fatia de 12% em 208 milhões de euros. Mas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal, a Oman Oil não estará recetiva a desfazer-se da sua participação. A cotação em bolsa (2,60 euros por ação) está ligeiramente acima do valor pago em 2012 para entrar na REN (2,54 euros).
O semanário da Impresa confirmou junto de quatro fontes que o regresso do Estado ao capital da REN foi posto em cima da mesa durante o mês de janeiro. Essa solução, vista como ideológica, permitiria ao Governo ganhar um capital de apoio político à esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista sempre foram contra a privatização da REN), mas a hipótese deverá enfrentar várias resistências entre os acionistas da REN.
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