A autarquia de Guimarães deu início ao Plano Municipal de Ação Climática (PMAC), aprovado em Assembleia Municipal em meados de fevereiro, dando mais um passo na estratégia anunciada em 2013 que colocou a sustentabilidade ambiental na agenda política do munícipio.
Em comunicado de imprensa, o município liderado por Domingos Bragança Salgado refere que o documento “contém um conjunto abrangente de medidas e ações de mitigação e adaptação, tem como objetivo transformar Guimarães num território mais resiliente e climaticamente neutro até 2030, uma ambiciosa meta que coloca o município à frente dos objetivos nacionais de neutralidade carbónica”.
Citando dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a autarquia explica que a redação do plano tem por base “as projeções climáticas” que “indicam, com elevada probabilidade, alterações significativas no clima local, nomeadamente uma redução notável na precipitação total anual, aumento das temperaturas, especialmente nas máximas durante o verão e outono – cenário que sugere verões progressivamente mais quentes, secos e prolongados, aumento da frequência e intensidade das ondas de calor e maior ocorrência de eventos de precipitação intensa ou muito intensa”.
A lista de medidas de mitigação prevê “a reabilitação de edifícios, para redução das necessidades de aquecimento, arrefecimento e AQS; redução do consumo energético na iluminação e nos eletrodomésticos; produção local de eletricidade, através do autoconsumo e de Comunidades de Energia Renovável (CER) no sector residencial; redução do consumo de eletricidade para iluminação das vias públicas; transferência modal de passageiros, promovendo a substituição de deslocações de automóvel por autocarro, comboio e modos suaves, e descarbonização da frota municipal; conversão de veículos a combustão para elétricos; medidas integradas de redução de resíduos e sua valorização; redução das necessidades energéticas na indústria e conversão de caldeiras a combustíveis fósseis; produção local de eletricidade por fontes renováveis; e substituição de fontes de energia por biomassa, biometano, hidrogénio verde, solar térmico, entre outras”:
Quanto à adaptação, o plano integra 21 medidas e 54 ações, que vão abranger os sectores da “educação e sensibilização ambiental; biodiversidade; recursos hídricos; ordenamento do território e cidades; agricultura; florestas; edifícios; saúde; segurança de pessoas e bens; e inovação e cidades inteligentes”.
O PMAC foi aprovado em meados de fevereiro, colocando o município à frente dos objetivos nacionais de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
Em 2013, o município “assinou o Pacto de Autarcas, que pressupunha a implementação da meta de 40% de redução dos gases com efeito de estufa até 2030”.
Até ao momento, a estratégia assumida pelo município conta com o Plano de Ação para a Energia Sustentável (PAES), o Plano de Ação para a Energia Sustentável e o Clima (PAESC) e a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC).
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