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Iberdrola com lucros de 2,52 mil milhões de euros até junho

Nos últimos 12 meses, a energética espanhola investiu globalmente 10,54 mil milhões de euros, dos quais 93% dizem respeito às redes e às energias renováveis.
27 Julho 2023, 11h21

Os lucros da Iberdrola cresceram 21% para 2,52 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Trata-se de uma subida de 28% se forem excluídos os impactos contabilísticos do último trimestre.

Em nota divulgada esta quinta-feira, a empresa destaca que, nos últimos 12 meses, investiu globalmente 10,54 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 8%; desse total de investimentos, 93% foram realizados nas redes e energias renováveis.

“Continuamos a acelerar a execução do nosso Plano Estratégico, com investimentos de mais de 10,5 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, para alcançar uma Base de Ativos de Redes de 40 mil milhões de euros e 41.250 MW de capacidade renovável instalada”, comentou Ignacio Galán, presidente Executivo da Iberdrola, citado no mesmo comunicado.

O Plano Estratégico da empresa prevê a conclusão de um plano de rotação de ativos de 7,5 mil milhões de euros entre 2023 e 2025, com um acordo de compra e venda (SPA) para alienar quase 60% do negócio da Iberdrola no México por 6 mil milhões de dólares (5,38 mil milhões de euros), concluído em junho, bem como outras alianças de coinvestimento com parceiros Tier 1.

Quanto às energias renováveis, o plano compreende a instalação, ao longo do último ano, de 2,565 megawatts (MW) de nova capacidade, chegando a um total de 41.250MW, bem como a construção, a nível mundial, de 7.100 MW de nova capacidade de energias renováveis, num investimento total de 12 mil milhões de euros; por fim, a empresa detalha que “3.000 MW correspondem a energia eólica offshore assegurada com custo zero no fundo do mar graças ao facto de a Iberdrola ter sido pioneira”.

No que diz respeito às redes, a Iberdrola sublinha que “a base global de ativos aumentou 10% no último ano, para 40 mil milhões de euros”, tendo os investimentos subido 24% para 3,1 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, “impulsionando o crescimento em todas as geografias”.

Em termos de eletricidade vendida, em 2023 a Iberdrola tem um total de 135 terawatt-hora (TWh) anuais, dos quais 70% via “mecanismos regulados e a clientes industriais, com um prazo médio de 12 anos, e 30% a clientes retalhistas (2/3 anos em média)”.

A empresa destaca, ainda, no âmbito do seu Plano Estratégico, que os “novos CAE entregues no primeiro semestre de 2023 incluem um acordo europeu multimercado com a Vodafone para mais de 410 GWh por ano” e que o “posicionamento ideal antes da Reforma do Mercado Europeu de Eletricidade, com base em mais mercado e mais contratos de longo prazo”.

Regressando aos resultados trimestrais, o EBITDA da Iberdrola (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 17% para 7,56 mil milhões de euros, “impulsionado pelo forte desempenho na UE – com a normalização da produção renovável e dos preços após a situação extraordinária do ano passado – e no Reino Unido – incluindo os défices de retalho de recuperação do ano passado”.

A empresa mantém-se otimista quanto aos números até ao final do ano, prevendo “agora um crescimento do lucro líquido de um só dígito (excluindo ganhos de capital adicionais decorrentes da rotação de activos) devido ao forte desempenho comercial no segundo semestre”, decorrente dos novos investimentos e nova capacidade em energias renováveis, previsões de produção positivas e novos processos tarifários no Brasil e nos Estados Unidos.

Na mesma nota, a energética espanhola acrescenta que o fluxo de caixa operacional (FFO) chegou aos 5,73 mil milhões de euros até junho, uma subida de 21% se não se considerar a redução pontual do imposto hidroelétrico em Espanha no ano passado.

Quanto à liquidez, a empresa aponta para 20,3 mil milhões de euros na sequência de um novo financiamento verde no valor de 3,4 mil milhões de euros, assegurado no primeiro semestre deste ano.

Galán acrescenta que o conjunto de resultados hoje dados a conhecer “confirma a capacidade” do grupo “de executar os planos antes do previsto, mesmo no atual cenário macroeconómico desafiante”.

“Isto significa que, até ao final do ano, esperamos um crescimento elevado de um dígito no resultado líquido, excluindo as mais-valias adicionais da rotação de activos”, continuou o mesmo responsável.

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