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“Devastador e dantesco”: Já ardeu 80% do Pinhal de Leiria

Paulo Vicente, Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, estima que tenha ardido 80% da manta verde do Pinhal de Leiria, referindo a existência de um cenário “devastador e dantesco”.
  • Carlos Barroso / Lusa
16 Outubro 2017, 14h37

Depois de, no início de agosto, Paulo Vicente se ter revelado preocupado com a falta de limpeza da Mata Nacional de Leiria, o Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande revela à Lusa que já terá ardido 80% da manta verde do Pinhal de Leiria, no seguimento da mais recente onda de incêndios.

Ao mesmo tempo que alertava para “todas as consequências que isso acarreta”, Paulo Vicente referiu que se vive um “cenário devastador e dantesco” no concelho, algo que, à data, também a Quercus fez, dando conta do desinvestimento do Estado nesta matéria, sobretudo na ótica da defesa da floresta contra incêndios.

De acordo com o Jornal de Notícias, Paulo Vicente explicou na altura que que compete às câmaras fazerem a gestão do combustível – ou seja, a limpeza da matas – numa faixa mínima de 10 metros, em ambos os lados das vias, nas estradas municipais, obrigação que passa para a Infraestruturas de Portugal (IP), entidade que gere as Estradas Nacionais (EN) que atravessam o Pinhal de Leiria.

“O Pinhal de Leiria está sujeito a que aconteça um cataclismo enorme por falta de limpeza e de tratamento, que poderá provocar um incêndio que irá destruir a maior parte do Pinhal de Leiria”, avisou Gabriel Roldão, 81 anos, estudioso do Pinhal de Leiria há mais de quatro décadas àquele jornal.

Recorde-se que o distrito de Leiria conta com 17 ocorrências, combatidas por 761 operacionais, 226 meios terrestres e três meios aéreos. As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, segundo dados da proteção Civil avançados pela Agência Lusa.

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