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Lucros da REN sobem 2,8% para 118,9 milhões em 2019

O ano de 2019 ficou marcado pela compra da companhia chilena Transemel. A REN mantém o pagamento de dividendo de 17,1 cêntimos por ação este ano.
25 Março 2020, 17h36

O lucro consolidado da Redes Energéticas Nacionais (REN) subiram 2,8% para 118,9 milhões de euros em 2019, anunciou hoje a empresa liderada por Rodrigo Costa.

Já o resultado líquido recorrente aumentou 5,5% para 144,8 milhões de euros em 2019 face a período homólogo.

Os dois resultados “beneficiaram da melhoria dos resultados financeiros, que atingiram -52,5 milhões de euros (9,1%), e de impostos mais baixos, no montante de 79,2 milhões de euros (-5,4%)”, segundo a empresa que detém a concessão das redes de transporte de eletricidade e de gás natural.

O resultado líquido consolidado subiu devido a melhores resultados financeiros, de “impostos mais baixos e da contribuição positiva do Chile, que também mitigou a performance do negócio doméstico, que foi penalizado pela redução da remuneração dos ativos e do RAB”.

Por sua vez, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiram 486,2 milhões de euros, menos 1,2% face a 2018, “devido à redução da Base de Ativos Regulada e das taxas de juro das Obrigações de Tesouro portuguesas”.

“Ainda assim, esta redução foi atenuada pela evolução favorável dos resultados da Electrogas e pelo início da consolidação da Transemel (2,5 milhões de euros). O EBITDA de 2018 incluiu a venda extraordinária do negócio de GPL (4 milhões), também com impacto na comparação com 2019”, segundo a REN.

A pesar nos resultados, continua a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) no valor de 25 milhões de euros que fez subir a “taxa efetiva de imposto para 40,0%”.

A REN aponta que já pagou 152 milhões de euros de taxa CESE desde a sua introdução em 2014.

Em 2019, a companhia fechou a compra da empresa chilena Transemel por 167 milhões de dólares (153,7 milhões de euros).

Este foi um novo investimento da empresa de Rodrigo Costa no país sul-americano. “Esta operação reforçou a presença internacional da REN, após a compra de 42,5% da Electrogas, em 2017”, segundo o comunicado.

“Ambas as operações estão alinhadas com o plano estratégico da companhia, assente numa estratégia de crescimento conservadora, e permitem à REN compensar a descida registada no valor dos ativos dos negócios em Portugal. Apesar da expansão da sua presença internacional, a REN mantém o seu foco na qualidade dos serviços que presta no território português, com criação de valor adicional proveniente do Chile”, pode-se ler no documento.

Em termos de dívida líquida, esta subiu 6,5% para 2.826 milhões de euros devido à aquisição da Transemel. Já o custo médio da dívida recuou 0,1 pontos percentuais para 2,1% no final de 2019, “com o contínuo refinanciamento da dívida em condições mais competitivas”. A REN aponta que o custo médio da sua dívida tem vindo a decrescer desde 2013.

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