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Macron visado no caso de espionagem do Pegasus

O presidente francês ainda não comentou o ataque que remete para uma investigação publicada no domingo que revelou que o spyware, feito e licenciado pela empresa israelense NSO, foi usado em tentativas e sucesso de espionagem.
21 Julho 2021, 09h00

O telefone do presidente francês Emmanuel Macron foi alvo de potencial vigilância no caso de spyware do projeto Pegasus, informou o diário francês “Le Monde” citado pela “Reuters” esta terça-feira.

O presidente francês ainda não comentou o ataque que remete para uma investigação publicada no domingo que envolve 17 organizações lideradas pelo grupo de jornalismo sem fins lucrativos ‘Forbidden Stories’, revelou que o spyware, feito e licenciado pela empresa israelita NSO, foi usado em tentativas e sucesso de espionagem de smartphones pertencentes a jornalistas, funcionários do governo e ativistas de direitos humanos.

Um dos primeiros casos a ser relatado foi o de Roula Khalaf, a primeira mulher na história do Finantial Times a subir ao cargo de editora no ano passado. Segundo o “The Guardian” o número de telefone de Khalaf está incluído na lista consultada para possível vigilância por parte da empresa israelita.

Através do ‘spyware’ Pegasus, a empresa israelita é capaz de aceder a um telemóvel, extrair os dados armazenados do dispositivo móvel. É também possível ativar o microfone para gravar as conversas através do número de telefone e ativar a câmara para filmar.

Por sua vez, o grupo israelita NSO considerou “fraca” a investigação que envolve o seu ‘software’. “Os diretores decidiram avançar com a divulgação das notícias, mesmos depois de se ter tornado claro que as fontes não identificadas os enganaram, provavelmente de forma intencional”, sublinhou o grupo em comunicado.

De recordar que Macron não é o único político supostamente visado pelo Pegasus. A 28 de julho de 2020 a “Reuters” avançou que o WhatsApp tinha confirmado que o telemóvel de um dos principais políticos pró-independência da Catalunha, Roger Torrent, tinha sido alvo de ataque. Nessa ocasião foi revelado que o ataque tinha sido levado a cabo por operadores de spyware fabricados pela empresa de tecnologia, sediada em Israel, NSO Group.

O WhatsApp defendia que os ataques que envolviam Roger Torrent tinham ocorrido durante um período de duas semanas, de abril a maio de 2019, e envolveram um total de 1,400 de seus utilizadores, alvos do spyware ‘Pegasus’, que permite a vigilância remota de smartphones.

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