O número de empresas que prevê contratar novos colaboradores passou de 41% em 2017 para 52% este ano. A previsão para 2019 aponta para um ligeiro decréscimo, com 48% de empresas a demonstrarem intenção de recrutar mais pessoas. Esta é uma das principais conclusões do estudo Total Compensation Portugal 2018 realizado pela Mercer | Jason Associates, que analisou 148.332 postos de trabalho em 397 empresas a operar em Portugal.
Segundo o estudo, 45% das organizações prevê manter o número de colaboradores, sendo apenas 2% os que apontam para uma redução, tanto em 2018 como em 2019.
O crescimento do emprego é acompanhado por um crescimento dos salários. Em 2018, diz o estudo, os incrementos salariais variam, em média, entre 1,37% e 3,11%, tendo em conta os níveis de responsabilidade. sendo de assinalar um aumento na maioria das responsabilidades. Os quadros superiores apresentam incrementos na casa dos 3%, enquanto funções de direção geral/administração registam subidas de 1,37% em 2018. Comparativamente a 2018, verifica-se que as expectativas de incremento salarial projetadas para 2019 localizam-se entre os 2% e os 3% para a maioria das famílias funcionais.
Face a 2018, diminui o número de empresas que tem intenção de congelar salários em 2019 para todos os grupos funcionais.
A Mercer explica que o ambiente cada vez mais competitivo origina, como consequência, uma necessidade de, por um lado, “rentabilizar os recursos existentes e, por outro, identificar os melhores talentos que garantam a prossecução e a consecução dos objetivos estratégicos a que se propõem, procurando retê-los e motivá-los”. O salário-base anual dos recém-licenciados, no seu primeiro emprego, situa-se tendencialmente entre os 14 mil euros e os 18 725 euros, apresentando um aumento no valor mínimo e máximo face ao ano anterior8
No que respeita aos expatriados, diretor é a função de 1ª linha que regista mais colaboradores: 6%. De seguida, surgem as chefias intermédias e quadros técnicos, ambos com 1%.
Segundo o Total Compensation 2018, cerca de 85% das empresas que participaram no estudo revêm os salários uma vez por ano. Destes, 35% fá-lo em março, 22% em abril e 17% em janeiro. Entre os fatores que influenciam diretamente o valor do aumento, o destaque vai para os resultados individuais do colaborador (86%), bem como o posicionamento do colbaorador na grelha salarial (68%). O cumprimento de diretrizes da casa-mãe, equidade interna, orçamento aprovado e Acordos Coletivos de Trabalho são outros fatores de peso. Já a antiguidade e o nível funcional são os fatores que menos influenciam a atribuição do incremento salarial.
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